“A partir das 12:00 de hoje (04:00 em Lisboa), quem entrar em Macau oriundo do distrito de Kashgar, é obrigado a realizar observação médica de isolamento centralizado de 14 dias”, disseram as autoridades.

As autoridades de Kashgar confirmaram a existência de 137 casos assintomáticos da doença causada pelo novo coronavírus, relacionados com uma adolescente infetada, e também sem sintomas, detetada no sábado, durante um exame de rotina.

Além de Kashgar, a quarentena é também imposta a quem tenha estado em Qingdao nos 14 dias anteriores à entrada em Macau.

Situada no leste do país, a cidade portuária de Qingdao tinha detetado um dia antes um surto de covid-19, ao identificar três casos locais assintomáticos relacionados com um hospital de doenças pulmonares, pondo fim a quase dois meses sem casos de covid-19 na China.

Com exceção para estas duas localidades, os residentes de Macau que regressem da China precisam apenas de apresentar o certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico realizado nos últimos sete dias.

A quarentena de 14 dias e a apresentação de um teste de ácido nucleico negativo continuam a ser obrigatórias para os residentes de Macau que “tenham visitado” Hong Kong, Taiwan ou qualquer país estrangeiro “nos 14 dias anteriores à entrada” no território.

Também aos residentes do interior da China que queiram entrar em Macau e tenham estado em Qingdao ou Kashgar nos 14 dias anteriores, serão impostos 14 dias de isolamento. Se não tiverem visitado estas duas localidades, só precisam de apresentar um teste de ácido nucleico negativo.

Os residentes de Hong Kong e Taiwan que pretendam entrar em Macau devem apresentar um teste negativo para a covid-19 e ficar em quarentena de 14 dias nos hotéis designados pelos Serviços de Saúde do território.

Desde 18 de março que é proibida a entrada em Macau a cidadãos estrangeiros.

Macau foi dos primeiros territórios a ser atingido pela pandemia, tendo registado 46 casos. Atualmente, não tem nenhum caso ativo.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.