“Será lançado um novo programa de promoção (…) junto dos visitantes do Interior da China com a mensagem de que Macau é um lugar seguro para viajar e as suas vindas são livres de quarentena, destrancando-se os pontos de interesse dos grandes eventos e da cidade gastronómica, bem como a disponibilidade de Macau para os acolher”, afirmou hoje, em conferência de imprensa, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau.

Em paralelo, explicou Ao Ioeng U, vão ser organizadas durante os últimos dois meses do ano várias atividades, entre as quais o Grande Prémio de Macau, o Festival da Gastronomia e vários outros eventos espalhados pela cidade de forma a cativar os visitantes chineses, de quem a economia de Macau muito depende.

Estas iniciativas vão dinamizar “os setores da construção civil, da restauração, do comércio por grosso e a retalho, da publicidade etc, o que é significativo perante a desaceleração económica”, afirmou a responsável.

Na mesma conferência de imprensa, a diretora da entidade que gere o turismo em Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, disse que o objetivo é também aumentar o “número de turistas que querem pernoitar em Macau”.

Em setembro, chegaram ao território 449.085 visitantes, mais 97,7% que em relação a agosto. Apesar disso, se comparamos com setembro de 2019 o número de visitantes desceu 83,8%.

A Televisão Central da China (CCTV), assim como outros meios de comunicação social e até celebridades do interior da China, vão estar no território “para apresentar, no local, os grandes eventos e as atrações turísticas da cidade”, detalhou Ao Ioeng U.

O objetivo, acrescentou, é permitir que as pessoas conheçam a realidade de Macau e os bons resultados no controlo da epidemia no território.

“Macau agora é muito seguro”, frisou.

Macau, que registou 46 infetados, mas não tem nenhum caso ativo nem detetou qualquer surto local, foi dos primeiros territórios a sofrer o impacto da crise económica motivada pela pandemia da covid-19.

As restrições fronteiriças e as medidas preventivas quase paralisaram a economia, cujo motor é o jogo, com os casinos a registarem prejuízos sem precedentes.

Após a reabertura dos vistos individuais e de grupo da China continental para o território no dia 23 de setembro, suspensos desde o início da pandemia, o Governo esperava que a semana em torno das celebrações do Dia Nacional da China (a chamada "Semana Dourada") pudesse ajudar as perdas na capital mundial do jogo, em crise devido às restrições fronteiriças e à ausência de turistas.

A autoridade tem vindo a público afirmar que o desconhecimento da não obrigatoriedade de quarentena de 14 dias por parte de muitos potenciais visitantes chineses tem sido um dos problemas para que o turismo no território tarde em arrancar.