“Nós conseguimos ter ontem [quinta-feira] o 11.º dia com mais testes desde o início da pandemia [em março de 2020]”, disse Marta Temido aos jornalistas, à margem de um processo de testagem de trabalhadores agrícolas, na Quinta do Carvalhal, em Odemira, onde estiveram também presentes a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches.

Marta Temido frisou que conseguiram “num só dia” ultrapassar os 77 mil testes, recordando que o maior número de testes foi realizado no dia 22 de janeiro, quando Portugal estava “no pico da terceira vaga”.

Nesse dia, lembrou, “realizámos 77 mil testes e agora estamos a conseguir fazer números muito semelhantes”.

“Desde o início desta semana que esses números vêm subindo, conseguindo de facto seguir a outra medida que é essencial [para controlar a disseminação do novo coronavírus] que é rastrear e isolar precocemente”, sublinhou Marta Temido.

A ministra sublinhou que o aumento da testagem no país é um dos esforços que está a ser feito para controlar a pandemia, além da vacinação.

Segundo dados das autoridades de saúde, foram já administradas em Portugal 2.039.528 doses de vacina contra a covid-19, das quais 588.316 segundas doses.

“A saúde hoje em dia não é feita só pelo setor da saúde, é feita pela agricultura, pela habitação, pela educação e este exemplo, aqui em Odemira, mostra isso”, disse, enaltecendo a capacidade das câmaras, da Cruz Vermelha Portuguesa e do Alto Comissariado para as Migrações se juntarem e organizarem um projeto de resposta à população.

Em relação às escolas e em relação à variante britânica, Marta Temido disse que tem uma prevalência estimada de 70% no total do país para os casos diagnosticados na última semana.

Contudo, afirmou, "há uma grande assimetria entre regiões", apontando que Lisboa e Vale do Tejo, o litoral da Região Norte, Odemira e algumas regiões do Algarve têm prevalências "mais elevadas", uma situação à qual se deve estar atento.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.903.907 mortos no mundo, resultantes de mais de 133,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.904 pessoas dos 826.327 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.