Segundo um comunicado da Embaixada, o ministro moçambicano da Saúde, Armindo Tiago, recebeu as doses da VeroCell, uma vacina contra a COVID-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinopharm Group Co. Ltd.

Na cerimónia de doação, o ministro disse que as doses vão ajudar Moçambique a acelerar a quarta fase da campanha de imunização, numa altura em que o número de infetados, hospitalizações e mortes tem aumentado devido às novas variantes.

O embaixador chinês em Maputo, Wang Hejun, sublinhou que estas doses são as primeiras entregues no âmbito da promessa, feita pelo líder chinês, Xi Jinping, de fornecer a África mil milhões de doses de vacinas para combater a COVID-19.

A promessa, que inclui a doação de 600 milhões de doses ao continente africano, aconteceu na abertura da oitava reunião ministerial do Fórum de Cooperação China-África, em 28 de novembro, em Dacar, capital do Senegal.

Moçambique já tinha recebido 700 mil doses da vacina da Sinopharm, avançou em meados de agosto a embaixada da China.

Moçambique detetou 17 casos de infeção pela variante Ómicron do novo coronavírus, anunciou na segunda-feira Armindo Tiago.

Cerca de 4,6 milhões de moçambicanos já foram completamente vacinados contra a pandemia e pouco mais de 7,1 milhões de pessoas receberam a primeira dose do imunizante, segundo os últimos dados das autoridades de Saúde.

Moçambique tem um total acumulado de 1.945 óbitos e 153.787 casos positivos de COVID-19, dos quais 149.964 recuperados da doença.

A COVID-19 provocou pelo menos 5.304.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

A variante Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.