“Vamos esperar mais uns dias para ver como evolui a situação em Lisboa, se a situação em Lisboa vai ter ou não reflexos no resto do país por esta mobilidade de pessoas que já se viu e depois obviamente serão emitidas orientações para permitir visitas a doentes internados”, disse Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde, que falava na conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia de covid-19 em Portugal, admitiu que esta é uma questão “sensível” e que pode levantar questões para quem tem amigos e familiares internados em regiões do país com menos incidência de casos, mas garantiu que tal como foram permitidas visitas em lares e prisões, a questão dos hospitais está a ser pensada.

“Vai ser um processo sequencial em função da evolução da epidemia que neste momento está predominantemente localizada nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo”, disse Graça Freitas.

O Governo português proibiu as visitas a hospitais a 08 de março Devido à pandemia da covid-19 que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 385 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Portugal regista hoje 1.455 mortes relacionadas com a covid-19, mais oito do que na quarta-feira, e 33.592 infetados, mais 331, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado maior número de surtos, há mais 309 casos de infeção (+2,6%).

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 16.819, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 12.137, da região Centro, com 3.770, do Algarve (376) e do Alentejo (262).

Os Açores registam 138 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados, de acordo com o boletim hoje divulgado.