De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, há 685 novos casos positivos, um número que mantém a tendência de redução dos últimos dias, elevando para 220.325 o total de infetados confirmados pelo teste PCR, o mais fiável na deteção do vírus.

Os dados diários indicam ainda que, nas últimas 24 horas, foram hospitalizados 857 doentes, num total de 120.466 de pessoas que precisaram de ser internadas.

Segundo as estimativas da Comissão Europeia, Espanha terá a segunda maior queda do PIB no corrente ano entre os Estados-membros da União Europeia, sendo apenas ultrapassada pela Grécia (menos 9,7%), enquanto a média dos 27 será de menos 7,4% e dos países da zona euro de menos 7,7%.

A atividade no setor industrial espanhol irá recuperar mais rapidamente do que no setor dos serviços, onde se prevê que as restrições se mantenham por mais tempo, afetando em particular o comércio de retalho e as atividades relacionadas com o turismo, como os transportes, a hotelaria e a restauração.

A Comissão Europeia avisa que "as perturbações nas cadeias de valor acrescentado globais e a fraca procura podem impedir uma normalização da atividade industrial antes do final do ano".

Por outro lado, Bruxelas considera que as medidas tomadas para limitar o aumento do desemprego e o apoio dado ao setor empresarial "irá amortecer parte" do impacto da crise.

Mesmo assim, a taxa de desemprego deverá aumentar significativamente durante o corrente ano, de 14,1% em 2019 para 18,9% em 2020, e apenas uma parte deste aumento será revertida em 2021, para 17%.

No que diz respeito às contas públicas, a Comissão Europeia prevê a queda da economia tenha um impacto "profundamente negativo" no défice orçamental, que irá evoluir de 2,8% do PIB em 2019 para 10,1% em 2020 e 6,7% em 2021.

Bruxelas explica que a contração nos setores onde o Estado arrecada os impostos deverá conduzir a uma "queda significativa" das receitas, enquanto o aumento do desemprego e a utilização esquemas de ajuda ao emprego deverão resultar em grandes aumentos das transferências sociais.

Devido ao elevado défice orçamental e à grande contração do PIB, o rácio da dívida pública em relação ao PIB deverá aumentar cerca de 20 pontos percentuais, de 95,5% em 2019 para 115,6% em 2020, antes de descer para 113,7% em 2021.

Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia da COVID-19 que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (71.022) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,2 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (29.427 mortos, perto de 200 mil casos) Itália (29.315 mortos, mais de 213 mil casos), Espanha (25.613 mortos, mais de 219 mil casos) e França (25.531 mortos, mais de 170 mil casos).