Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.543 mortes associadas à COVID-19 e 40.104 infetados casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais 3 óbitos (aumento de 0,2%), 367 infetados (aumento de 0,9%) e 254 recuperados. Ao todo há já 26.083 casos de recuperação.

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 302 casos dos 367 novos infetados (82,2%)

relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de terça-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 814 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (449), Centro (248) e Algarve (15). Pelo menos duas mortes foram registadas no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 429 doentes internados, menos 12 do que na terça-feira, e 73 em unidades de cuidados intensivos, mais um do que ontem.

Pelo menos 1.586 pessoas aguardam resultado laboratorial e 30.935 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 368.967 casos suspeitos, sendo que 327.277 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.033 tinham mais de 80 anos, 298 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 141 entre os 60 e 69 anos, 49 entre 50 e 59, 18 entre os 40 os 49, dois entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista agora o maior número de infeções, com 17.527 casos, seguida da região Norte (17.339), da região Centro (4.042), do Algarve (552) e do Alentejo (406). Nos Açores, existem 146 casos confirmados e na Madeira 92.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 3.238 casos (+47 que ontem), seguido de Sintra (2.370 +45), Loures (1.707 +27), Vila Nova de Gaia (1.628 +6), Amadora (1.511 +31), Porto (1.414 =), Matosinhos (1.292 =), Braga (1.256 =), Gondomar (1.093 =), Maia (950 =), Odivelas (1.017 +54), Cascais (829 +12), Valongo (762 =), Guimarães (725 =), Ovar (684 +1), Vila Franca de Xira (700 +17), Oeiras (676 +10) e Coimbra (608 +1).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (6.720), seguida da faixa dos 50 aos 59 anos (6.389) e das pessoas entre os 30 e 39 anos (6.329).

O país registou até ao momento 5.790 doentes com idades entre os 20 e os 29 anos, 4.179 entre os 60 e 69 anos, 5.069 em pessoas mais de 80 anos e 2.939 entre os 70 e 79 anos.

A DGS dá conta ainda de 1.090 casos de crianças até aos nove anos e 1.569 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o documento, 37% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 89% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
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Veja o mapa interativo sobre os casos de COVID-19 no mundo

Um mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 477 mil mortos

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 477.570 pessoas e infetou 9,2 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 477.570 pessoas e há mais de 9.279.310 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 4.548.900 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

Contudo, a AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 121.225 e 2.347.102 casos, respetivamente. Pelo menos 647.548 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 52.645 mortes para 1.145.906 casos, Reino Unido com 42.927 mortes (306.210 casos), Itália com 34.675 mortes (238.833 casos) e França com 29.720 mortos (197.674 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.430 casos (12 novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.428 curados.

A Europa totalizou 194.029 mortes para 2.567.220 casos, Estados Unidos e Canadá 129.724 mortes (2.449.065 casos), América Latina e Caraíbas 100.399 mortes (2.163.594 casos), Ásia 30.566 mortes (1.096.166 casos), Médio Oriente 14.155 mortes (669.097 casos), África 8.565 mortes (325.216 casos) e Oceânia 132 mortes (8.958 casos).

Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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