Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.356 mortes associadas à COVID-19 e 31.292 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, registaram-se mais 14 óbitos (aumento percentual de 1%) e mais 285 infetados (crescimento de 0,9%).

Ao todo há já 18.349 casos de recuperação, mais 253 do que na terça-feira.

COVID-19: Visons infetaram humanos com novo coronavírus? OMS investiga pelo menos três casos suspeitos
COVID-19: Visons infetaram humanos com novo coronavírus? OMS investiga pelo menos três casos suspeitos
Ver artigo

relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de terça-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 755 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (335), Centro (235) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 510 doentes internados, menos três do que na terça-feira, e 66 em unidades de cuidados intensivos, menos cinco que ontem.

Pelo menos 1.886 pessoas aguardam resultado laboratorial e 27.141 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 316.364 casos suspeitos, sendo que 283.186 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 912 tinham mais de 80 anos, 265 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 121 entre os 60 e 69 anos, 42 entre 50 e 59, 15 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.703 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (10.055), da região Centro (3.690), do Algarve (363) e do Alentejo (256). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

Os sintomas menos conhecidos da COVID-19 que não deve ignorar
Os sintomas menos conhecidos da COVID-19 que não deve ignorar
Ver artigo

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 2.254 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.553), Porto (1.349), Matosinhos (1.275), Braga (1.213), Sintra (1.140), Gondomar (1.079), Maia (944), Loures (894), Valongo (757), Amadora (728), Guimarães (710), Ovar (652) e Coimbra (577).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (5.212), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (5.265), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.460 casos.

Há 4.679 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 4.049 entre os 20 e os 29 anos, 3.463 entre os 60 e 69 anos e 2.520 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 607 casos de crianças até aos nove anos e 1.037 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim, 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

Cientistas chineses identificam pangolim como a mais provável fonte de transmissão do coronavírus
Cientistas chineses identificam pangolim como a mais provável fonte de transmissão do coronavírus
Ver artigo

O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vigora um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já matou mais de 350 mil pessoas

A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 350 mil pessoas em todo o mundo, mais de três quartos na Europa e nos Estados Unidos, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 06:00 (07:00 em Lisboa), foi registado um total de 350.196 mortos em todo o mundo (em 5.589.389 casos de infeção), incluindo 173.713 na Europa, o continente mais afetado desde o início da epidemia em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Os Estados Unidos são o país com mais mortes (98.929), à frente do Reino Unido (37.048), Itália (32.955), França (28.530) e Espanha (27.117).

Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

Gostava de receber mais informações sobre este tema? Subscreva a nossa newsletter e as nossas notificações para que nada lhe passe ao lado.

Veja o vídeo: O que acontece ao vírus quando entra em contacto com o sabão?