Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.465 mortes associadas à COVID-19 e 33.969 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais 10 óbitos (mais 0,7%), 377 infetados (mais 1,1%) e 203 recuperados. Ao todo, há já 20.526 casos de recuperação.

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região com mais novos casos de infeção pelo novo coronavírus, com 336 casos, cerca de 89,1% dos novos casos. Sintra, em particular, concentra 121 dos novos casos.

relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quinta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 803 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (387), Centro (244) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 421 doentes internados, menos 24 do que na quinta-feira, e 58 em unidades de cuidados intensivos, os mesmos que ontem.

Pelo menos 1.636 pessoas aguardam resultado laboratorial e 28.088 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 334.923 casos suspeitos, sendo que 299.318 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 989 tinham mais de 80 anos, 280 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 130 entre os 60 e 69 anos, 46 entre 50 e 59, 17 entre os 40 os 49, um entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.834, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (12.473), da região Centro (3.789), do Algarve (380) e do Alentejo (263). Nos Açores, existem 140 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 2.555 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.580), Porto (1.401) Sintra (1.521), Matosinhos (1.285), Braga (1.233), Loures (1.172), Gondomar (1.088), Maia (946), Amadora (992), Valongo (761), Guimarães (720), Ovar (670), Odivelas (642), Cascais (625) e Coimbra (600).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (5.564), seguida da faixa dos 40 aos 49 anos (5.693) e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.626 casos.

Há 5.226 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 4.610 entre os 20 e os 29 anos, 3.658 entre os 60 e 69 anos e 2.667 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 755 casos de crianças até aos nove anos e 1.170 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim, 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 11% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 387 mil mortes em todo o mundo

A pandemia de COVID-19 já matou 387.280 pessoas e infetou mais de 6,5 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, às 20:00 de ontem, 6.563.710 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em finais de dezembro passado na província chinesa de Wuhan, dos quais pelo menos 2.838.800 são agora considerados curados.

Contudo, a AFP avisa que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, pois alguns países estão a testar apenas casos graves que levem a internamento hospitalar, outros usam o teste como uma prioridade para o rastreamento e muitos estados pobres têm capacidade limitada de rastreamento.

Desde a contagem às 19:00 TMG de quarta-feira, 5.227 novas mortes e 121.055 novos casos ocorreram em todo o mundo.

Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são o Brasil, com 1.349 novas mortes, o México (1.092) e os Estados Unidos (989).

Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de óbitos e de casos, com 107.685 mortes e 1.861.966 casos. Pelo menos 479.258 pessoas foram declaradas curadas até agora pelas autoridades norte-americanas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 39.904 mortes e 281.661 casos, a Itália, com 33.689 óbitos (234.013 casos), Brasil, com 32.548 mortes (584.016 casos) e a França, com 29.065 mortes (189.441 casos).

Entre os países mais atingidos, a Bélgica continua a ser o que apresenta maior número de óbitos face à sua população, com 82 mortes por cada 100.000 habitantes, seguido pelo Reino Unido (59), Espanha (58), Itália (56) e Suécia (45).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente até ontem um total de 83.022 casos, incluindo 4.634 mortes e 78.319 curas.

A Europa totalizava 181.542 mortes e 2.219.958 casos, os Estados Unidos e o Canadá 115.340 mortes (1.955.666 casos), a América Latina e Caraíbas 57.788 óbitos (1.151.155 casos), a Ásia 17.817 mortes (618.625 casos), O Médio Oriente 10.029 mortes (445.075 casos), África 4.633 mortes (164.615 casos) e a Oceânia 131 mortes (8.621 casos).

Notícia corrigida às 18h04 com novos dados do boletim.

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