Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.662 mortes associadas à COVID-19 e 46.818 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais dois óbitos (aumento de 0,1%), 306 infetados (crescimento de 0,7%) e 158 recuperados. Ao todo há já 31.065 casos de recuperação em Portugal. 

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região do país com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 254 das 306 novas infeções (83%).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 823 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (541), Centro (250) e Alentejo (18). Pelo menos 15 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 467 doentes internados, mais cinco do que no domingo, e 63 em unidades de cuidados intensivos, menos um do que ontem.

Pelo menos 1.291 pessoas aguardam resultado laboratorial e 34.301 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 406.412 casos suspeitos, sendo que 358.303 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.111 tinham mais de 80 anos, 321 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 150 entre os 60 e 69 anos, 55 entre 50 e 59, 20 entre os 40 os 49, três entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

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Casos por região e concelho

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 22.865, seguida da região Norte (18.142), da região Centro (4.276), do Algarve (708) e do Alentejo (576). Nos Açores, existem 152 casos confirmados e na Madeira 99.

Relativamente aos concelhos com mais casos, não há alterações há mais de uma semana na tabela disponibilizada pela DGS. Lisboa continua assim a registar o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 3.645, seguido de Sintra (2.850), Loures (1.910), Amadora (1.780), Vila Nova de Gaia (1.678), Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Braga (1.256), Odivelas (1.183), Gondomar (1.093), Cascais (1.061), Maia (950), Oeiras (852), Vila Franca de Xira (808), Valongo (764), Guimarães (725), Ovar (690), Seixal (643), Almada (624) e Coimbra (614).

Casos por idade

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (7.712), seguida da faixa dos 30 e 39 anos (7.587) e das pessoas entre 50 aos 59 anos (7.198).

O país registou até ao momento 7.040 doentes com idades entre os 20 e os 29 anos, 5.602 em pessoas mais de 80 anos, 4.759 entre os 60 e 69 anos e 3.305 entre os 70 e 79 anos.

A DGS dá conta ainda de 1.524 casos de crianças até aos nove anos e 2.043 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o documento, 36% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 14% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Casos importados

Há várias semanas que não há alteração nos dados dos casos importados em Portugal. Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já matou mais de 569 mil pessoas

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 569.135 pessoas e infetou quase 13 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 569.135 pessoas e há mais de 12.927.000 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 6.905.200 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 135.205 e 3.304.942 casos, respetivamente. Pelo menos 1.006.326 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 72.100 mortes e 1.864.681 casos, Reino Unido com 44.819 mortes (289.503 casos), México com 35.006 mortes (299.750 casos) e Itália com 34.954 mortos (243.061 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.602 casos (oito novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.648 curados.

A Europa totalizou 202.658 mortes para 2.840.538 casos, América Latina e Caraíbas 144.765 mortes (3.375.183 casos), Estados Unidos e Canadá 144.023 mortes (3.412.531 casos), a Ásia 43.822 mortes (1.773.059 casos), Médio Oriente 20.481 mortes (919.208 casos), África 13.249 mortes (594.925 casos) e Oceânia 137 mortes (11.556 casos).

A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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