Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.342 mortes associadas à COVID-19 e 31.007 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, registaram-se mais 12 óbitos (aumento de 0,9%) e mais 219 infetados (subida de 0,7%).

Ao todo há já 18.096 casos de recuperação, mais 274 do que ontem.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 752 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (325), Centro (234) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 513 doentes internados, menos 18 do que na segunda-feira, e 71 em unidades de cuidados intensivos, menos um que ontem.

Pelo menos 1.815 pessoas aguardam resultado laboratorial e 26.392 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 313.886 casos suspeitos, sendo que 281.062 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 904 tinham mais de 80 anos, 261 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 120 entre os 60 e 69 anos, 41 entre 50 e 59, 15 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.697, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (9.778), da região Centro (3.690), do Algarve (363) e do Alentejo (254). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 2.206 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1552), Porto (1.347), Matosinhos (1.272), Braga (1.213), Sintra (1.107), Gondomar (1.079), Maia (940), Loures (863), Valongo (757), Guimarães (710), Ovar (652) e Coimbra (575).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (5.162), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (5.212), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.457 casos.

Há 4.605 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 4.001 entre os 20 e os 29 anos, 3.440 entre os 60 e 69 anos e 2.514 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 598 casos de crianças até aos nove anos e 1.018 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim, 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
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Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vigora um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Vírus já matou mais de 346 mil pessoas

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 346.296 pessoas e infetou mais de 5,5 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 hoje, baseado em dados oficiais dos países.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa, já morreram pelo menos 346.296 pessoas e há mais de 5.507.700 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Contudo, a AFP avisa que o número de casos diagnosticados, no entanto, reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, e outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento, e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.Entre aqueles casos, pelo menos 2.176.600 pessoas foram considerados curados.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 98.223 e 1.662.728 casos, respetivamente. Pelo menos 379.157 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 36.914 mortes em 261.184 casos, Itália com 32.877 mortes (230.158 casos). França com 28.457 mortos (182.942 casos) e Espanha com 26.834 óbitos (235.400 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou 82.992 casos (sete novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.277 curados.

A Europa totalizou 172.890 mortes e 2.084.424 casos, Estados Unidos e Canadá 104.860 mortes (1.748.479 casos), América Latina e Caraíbas 41.590 mortes (770.283 casos), Ásia 14.478 mortes (464.814 casos), Médio Oriente 8.871 mortes (351.114 casos), África 3.477 mortes (116.099 casos) e Oceânia 130 mortes (8.491casos).

Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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Veja o vídeo: O que acontece ao vírus quando entra em contacto com o sabão?