Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.587 mortes associadas à COVID-19 e 42.782 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, registaram-se mais 8 óbitos (mais 0,5%), 328 infetados (mais 0,77%) e 299 recuperados. Ao todo há já 28.097 casos de recuperação em Portugal.

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 273 das 328 novas infeções (82,2%).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 819 óbitos (o mesmo número que ontem), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (480 +5), Centro (249 +1) e Algarve (15 =). Pelo menos nove mortes (+2 que ontem) foram registadas no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 510 doentes internados, mais 7 do que na quarta-feira, e 77 em unidades de cuidados intensivos, menos dois do que ontem.

Pelo menos 1.380 pessoas aguardam resultado laboratorial e 31.274 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 384.973 casos suspeitos, sendo que 340.811 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 1.063 tinham mais de 80 anos, 306 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 144 entre os 60 e 69 anos, 51 entre 50 e 59, 19 entre os 40 os 49, dois entre os 30 e os 39 anos e dois entre os 20 e os 29 anos.

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Infeções por região e concelhos com mais casos

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 19.656 (+273 que ontem), seguida da região Norte (17.624 +39), da região Centro (4.121 =), do Algarve (639 +7) e do Alentejo (499 +8). Nos Açores, existem 151 (+1) casos confirmados e na Madeira 92 (=).

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 3.573 (+29 que ontem), seguido de Sintra (2.753 +40), Loures (1.872 +22), Amadora (1.739 +21), Vila Nova de Gaia (1.668 +7), Porto (1.414 =), Matosinhos (1.292 =), Braga (1.256 =), Odivelas (1.141 +16), Gondomar (1.093 =), Cascais (997 +33), Maia (950=), Oeiras (821 +11), Valongo (763 =), Vila Franca de Xira (793 +13), Guimarães (725), Ovar (690 =) e Coimbra (613 =).

Idades mais afetadas

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (7.104), seguida da faixa dos 30 e 39 anos (6.852) e das pessoas entre 50 aos 59 anos (6.690).

O país registou até ao momento 6.269 doentes com idades entre os 20 e os 29 anos, 5.322 em pessoas mais de 80 anos, 4.404 entre os 60 e 69 anos e 3.077 entre os 70 e 79 anos.

A DGS dá conta ainda de 1.263 casos de crianças até aos nove anos e 1.767 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o documento, 37% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Os casos importados

Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 516 mil mortos em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 516.369 pessoas e infetou mais de 10,7 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais. De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11h00 de Lisboa, já morreram pelo menos 516.369 pessoas e há mais de 10.716.650 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 5.430.100 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 128.062 mortos e 2.686.587 casos, respetivamente. Pelo menos 729.994 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 60.632 mortes por 1.448.753 casos, Reino Unido com 43.906 mortes (313.483 casos), Itália com 34.788 mortes (240.760 casos) e França com 29.861 mortos (202.126 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.537 casos (três novos entre quarta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.487 curados.

A Europa totalizou 197.825 mortes para 2.702.949 casos, Estados Unidos e Canadá 136.725 mortes (2.790.858 casos), América Latina e Caraíbas 118.909 mortes (2.660.223 casos), Ásia 35.765 mortes (1.359.171 casos), Médio Oriente 16.622 mortes (773.437 casos), África 10.390 mortes (420.510 casos) e Oceânia 133 mortes (9.506 casos).

A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

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