Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.263 mortes associadas à COVID-19 e 29.660 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, registaram-se mais 16 óbitos (subida de 1,3%) e mais 228 infetados (subida de 0,8%).

Hoje há 6.452 casos de recuperação, mais 21 em relação a terça-feira. 

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de terça-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 713 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (289), Centro (230) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 609 doentes internados, menos 20 do que na terça-feira, e 93 em unidades de cuidados intensivos, menos oito que ontem.

Pelo menos 2.405 pessoas aguardam resultado laboratorial e 25.281 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 301.225 casos suspeitos, sendo que 269.160 não se confirmaram.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 850 tinham mais de 80 anos, 246 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 113 entre os 60 e 69 anos, 40 entre 50 e 59, 13 entre os 40 os 49 e um homem entre os 20 e os 29 anos.

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 16.488 casos, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (8.688), da região Centro (3.655), do Algarve (356) e do Alentejo (248). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.

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Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 2.046 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.521), Porto (1.334), Matosinhos (1.245), Braga (1.196), Gondomar (1.065), Maia (916), Sintra (899), Valongo (751), Ovar (646) e Coimbra (572).

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (4.999), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (5.005), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.374 casos.

Há 4.364 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 3.707 entre os 20 e os 29 anos, 3.295 entre os 60 e 69 anos e 2.436 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista ainda 537 casos de crianças até aos nove anos e 943 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com o boletim, 41% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 19% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 90% dos casos confirmados.

Imagem do boletim da DGS
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Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.

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O boletim dá conta de oito casos da Áustria, seis de Angola e seis do Canadá e ainda quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.

Há ainda três casos importados da Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.

Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim da DGS
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Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.

Com a situação de calamidade, vai vigorar um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.

Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal

Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Mais de 323 mil mortos e mais de 4,9 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 323.370 pessoas e infetou mais de 4,9 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 hoje, baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa, já morreram pelo menos 323.370 pessoas e há mais de 4.910.110 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

A AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.813.300 foram considerados curados.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à covid-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 91.938 óbitos em 1.528.661 casos.

Pelo menos 289.392 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades norte-americanas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 35.341 mortes para 248.818 casos, Itália com 32.169 mortes (226.699 casos), França com 28.022 mortes (180.809 casos) e Espanha com 27.778 óbitos (232.037 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou em dezembro, contabilizou 82.965 casos (cinco novos entre terça-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 78.244 curados.

A Europa totalizou 168.725 mortes para 193.8946 casos e os Estados Unidos e Canadá 97.949 mortes (1.607.773 casos).

A América Latina e as Caraíbas registaram 32.386 mortes (578.921 casos). O Brasil regista mais de metade das mortes (17.971) e quase metade dos casos declarados oficialmente na região (271.628).

A Ásia totalizou 12.879 mortes (384.874 casos), o Médio Oriente 8.384 mortes (299.734 casos), África 2.919 mortes (91.443 casos) e Oceânia 128 mortes (8.426 casos).

Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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