Na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia, Marta Temido referiu o Infarmed “tem assegurada a existência de um programa de acesso precoce para utilização deste medicamento nos hospitais no SNS, nos casos necessários”.

Portugal está também a discutir com a empresa o acesso e preços de compra do antiviral para o qual a Agência Europeia de Medicamentos (AEM) já recomendou uma autorização de mercado na União Europeia, a primeira para um medicamento contra a COVID-19.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, indicou que os hospitais ativaram o programa de acesso precoce e têm usado o Remdesivir “para doentes graves”.

A Direção Geral da Saúde assinala que o medicamento “foi útil na área pediátrica, foi rápido e fácil o acesso e nas crianças que o utilizaram, correu bem”.

A recomendação do comité para medicamentos para uso humano da AEM destina-se ao uso de Remdesivir em doentes com covid -19 adultos e jovens com mais de 12 anos e que sofram ainda de pneumonia e necessitem de receber oxigénio.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.555 pessoas das 40.866 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.