“No presente momento, a `task-force´ encontra-se a aguardar pelas conclusões do inquérito, que se encontra em curso, de forma a tomar uma decisão referente ao centro de vacinação do Queimódromo”, referiu a `task-force´, em comunicado.

Na semana passada, a vacinação contra a covid-19 foi suspensa no Queimódromo devido a uma falha na cadeia de frio tendo, posteriormente, os laboratórios Unilabs confirmado ter havido “um problema” no frigorífico de armazenamento das vacinas.

Mal foi conhecida pela task force, esta ocorrência foi “de imediato” encaminhada para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), Polícia Judiciária (PJ) e Administração Regional de Saúde (ARS) Norte, tendo sido aberto um inquérito que se encontra em curso.

Segundo a task force, um dos focos do inquérito é entender o porquê do atraso na notificação da ocorrência, uma vez que ela só teve conhecimento do sucedido no final da tarde de 11 de agosto, através da ARS Norte, apesar de a situação ter ocorrido a 09 e 10 de agosto.

Outro dos objetivos é perceber qual o motivo que levou à quebra na cadeia de frio e os procedimentos efetuados por este centro, uma vez que a quebra na cadeia de frio não foi detetada, originando a inoculação de vacinas que estiveram armazenadas fora dos parâmetros normais de temperatura estabelecidos.

Na nota de imprensa, a `task-force´ ressalvou que a quebra na cadeia de frio aconteceu a 09 (durante todo o dia) e 10 de agosto (no período da manhã), tendo a situação sido reportada apenas no dia 11 de agosto (final do dia) pela ARS Norte, dia em que foi suspensa a vacinação.

Os utentes que foram inoculados a 11 de agosto foram-no com lotes de vacinas requisitadas ao centro de vacinação do Regimento de Transmissões, no Porto, que estiveram armazenadas dentro dos parâmetros adequados, frisou.

A `task-force´ revelou ainda que o Infarmed solicitou aos fabricantes dos lotes das vacinas em causa a sua eficácia, encontrando-se a analisar os resultados.

Acrescentando que os utentes alocados ao centro de vacinação do Queimódromo serão reencaminhados para o centro de vacinação do Regimento de Transmissões.

Também hoje, em declarações ao Porto Canal, o responsável da `task-force´ assumiu que o centro de vacinação do Queimódromo não tem para já a sua confiança para voltar a funcionar.

“Enquanto não vierem os resultados [das investigações em curso aos problemas de refrigeração e aos atrasos na comunicação do problema] e nós não percebermos o que aconteceu, este CVC [centro de vacinação Covid-19] não tem a confiança, neste momento da `task-force´, para poder voltar a funcionar”, afirmou o vice-almirante Gouveia e Melo.

A covid-19 provocou pelo menos 4.381.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 208,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.601 pessoas e foram registados 1.009.571 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.