É o maior número de infeções desde a deteção dos primeiros casos no país, em março, embora o Governo russo continue a resistir a adotar medidas restritas a nível nacional, como o confinamento da população.

Moscovo, onde as escolas foram encerradas e os doentes crónicos e as pessoas com mais de 65 anos foram confinados, continua a ser o epicentro da pandemia com 4.501 casos e 35 mortes.

Durante esta semana, na capital russa registaram-se mais 46% de casos do que na anterior e mais 12% de hospitalizações, o que obrigou à criação de vários hospitais de reserva.

O autarca da capital, Sergei Sobianin, ordenou que pelo menos 30% dos funcionários de cada empresa trabalhem em casa até 28 de outubro e manifestou preocupação com a superlotação dos transportes públicos.

Mais de meio milhar de casos foram ainda registados na segunda cidade do país, São Petersburgo, onde 21 doentes de covid-19 morreram.

Desde o final de setembro, o aumento dos casos pelo novo coronavírus nas 85 regiões e municípios que compõem o país é imparável, refere a EFE.

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que “a ameaça do vírus não diminuiu” e que as autoridades estão preparadas para “qualquer desenvolvimento dos acontecimentos”.

Com 1.298.718 casos, a Rússia ocupa hoje o quarto lugar no mundo no número de infetados, a seguir aos Estados Unidos, Índia (ambos com mais de 7,7 milhões) e Brasil (mais de 5,8 milhões) e acumula um total de 22.597 mortes por COVID-19.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e nove mil mortos e perto de 37 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (42.760 mortos, mais de 590 mil casos), seguindo-se Itália (36.140 mortos, mais de 349 mil casos), Espanha (32.929 mortos, mais de 861 mil casos) e França (32.684 mortos, mais de 718 mil casos).

Portugal contabiliza 2.062 mortos em 83.928 casos de infeção.