Com este novo máximo diário, a Rússia acumula agora 27.301 mortos devido à doença e 1.581.693 infetados, sendo assim o quarto país do mundo que registou mais casos do novo coronavírus, a seguir aos Estados Unidos, Índia e Brasil.

Dos 366 mortos do último dia, 66 registaram-se em Moscovo, o principal foco infeccioso do país, que contou também 4.904 casos dos 7.717 de quarta-feira.

O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, admitiu hoje que uma série de regiões russas atingiram um nível crítico de contágios, pelo que “o sistema de saúde pública está sob carga máxima”.

Peskov indicou que em algumas regiões russas estão ocupadas mais de 90% das camas destinadas a doentes covid-19 e aumentam “os pedidos de pessoal de saúde” e “de medicamentos”, o que “gera dificuldades muito grandes”, apesar de os funcionários trabalharem “praticamente 24 horas por dia”.

Para o porta-voz do Kremlin, este “aumento sem precedente” no número de infeções “sublinha uma vez mais a responsabilidade pessoal de cada um no cuidado com a própria saúde e a dos que nos rodeiam”, para o que é necessário cumprir as recomendações sanitárias das autoridades.

Apesar dos números das últimas semanas, em que quase triplicaram os contágios diários, as autoridades russas descartaram a adoção de medidas mais rigorosas, como o confinamento, o recolher obrigatório ou a paralisação de setores económicos.

Em Moscovo, o município alargou até 29 de novembro a obrigação das empresas e organizações terem em regime de teletrabalho pelo menos 30% dos funcionários, desde que tal não afete o seu funcionamento.

Também se mantém a recomendação aos maiores de 65 anos e doentes crónicos para só saírem de casa em caso de absoluta necessidade.

Além disso, as autoridades impuseram em todo o país o uso de máscara nos locais públicos.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.