Numa nota enviada aos estudantes, docentes e colaboradores, a reitora da UCP, Isabel Capela Gil, explica que as aulas na sede da Universidade, em Lisboa, são suspensas com efeitos imediatos e até dia 30 de março, sendo substituídas por modelos ‘online’.

“As Faculdades comunicarão oportunamente as medidas adotadas para a substituição da lecionação”, escreve a reitora, informando que também a Biblioteca Universitária estará encerrada pelo mesmo período.

Também a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa está a adotar “instrumentos de ensino à distância” em substituição das aulas presenciais, suspensas até dia 27 de março, anunciou em comunicado a instituição, que encerrou igualmente as bibliotecas e outros espaços de estudo.

A interrupção das aulas na Faculdade de Ciências acompanha a decisão da reitoria da Universidade de Lisboa de suspender todas as atividades letivas presenciais, anunciada na segunda-feira.

A Universidade de Lisboa suspendeu também o funcionamento de bibliotecas, salas de estudo, e dos refeitórios de alunos dos Serviços de Ação Social, bem como as atividades físicas e desportivas, realizadas nas instalações do Estádio Universitário e das escolas.

A Universidade Católica Portuguesa já tinha anunciado, na terça-feira, a suspensão das aulas presenciais nos centros regionais do Porto e de Braga, mas para a sede, em Lisboa, estava apenas prevista a suspensão dos eventos com participação externa (‘workshops’, reuniões, seminários, conferências) por tempo indeterminado.

Na nota enviada à comunidade académica, a reitora da Católica apela “à responsabilidade individual no seguimento estrito das normas de contenção aprovadas para cada um dos campi”, nomeadamente no que diz respeito às deslocações ao estrangeiro, às normas de quarentena e ao cumprimento do isolamento voluntário.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Segundo o boletim mais recente da Direção-Geral de Saúde (DGS), Portugal regista 59 casos confirmados de infeção e 83 casos suspeitos a aguardar resultado laboratorial.

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 471 casos suspeitos desde o início da epidemia, e ainda há 3.066 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

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