Em desportos como basquetebol, futebol ou andebol a ocorrência de traumatismos orais é bastante elevada. "Os desportos de contacto que não usam regularmente protetores bucais para prevenção, como basquetebol, futebol ou andebol são os que têm uma prevalência de traumatologia oral maior", começa por alertar o médico dentista do grupo Best Quality Dental Centers (BQDC).

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"Mas também outros desportos, mesmo praticados a nível amador ou simplesmente de lazer, como por exemplo andar de bicicleta, skate, trotinete ou mesmo desportos aquáticos podem estar associados a lesões de traumatologia oral", refere o especialista que acrescenta: "Estes são os desportos que originam maiores ocorrência de traumatologia porque são praticados por crianças, jovens e adultos que não usam qualquer tipo de protetor bucal".

Recomendações

De forma a evitar a traumatologia oral na prática de desporto, o dentista recomenda alguns cuidados preventivos:

- Em primeiro lugar, todos os desportistas devem consultar o médico dentista para avaliação do seu estado de saúde oral e, no caso de serem portadores de fatores de risco intrínseco, proceder aos tratamentos dentários necessários;

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- Em segundo lugar, deve-se usar protetores bucais adequados ao tipo e intensidade do desporto de cada praticante. A extensão, espessura, desenho e material de confeção varia em função do risco do desporto. Tal como a utilização, ou não, de aparelhos ortodônticos que também vai influenciar o tipo de protetores bucais a usar;

- Por último, não se devem comprar protetores bucais standart ou adaptáveis em centros comerciais e em plataformas online. Os protetores bucais devem ser totalmente individualizados e confecionados pelos profissionais de saúde oral.

No caso de ocorrência de um traumatismo oral, ainda que parcial, deve sempre ser consultado um médico dentista para um correto diagnóstico e tratamento. Além dos danos físicos e imediatos, podem existir outros tipos de consequências a médio e longo prazo.

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"A literatura documenta que, principalmente as crianças e adolescentes que sofrem acidentes traumatológicos orais que implicam tratamentos complexos e demorados, não, ou incorretamente, resolvidos padecem frequentemente de problemas emocionais e sociais", frisa o médico.

"Mesmo no que respeita a danos físicos é importante referir que, por vezes, os mais importantes nem sempre são aqueles que ocorrem de imediato no momento do traumatismo. Algumas complicações, mais complexas, podem ocorrer apenas a médio e longo prazo (muitos anos depois), pelo que o controlo regular anual do paciente é de crucial importância", diz.

Quanto mais cedo se diagnosticar as complicações mais possibilidades existem de implementar um tratamento com sucesso. Importa referir que, como em muitas outras áreas, o preço da prevenção é significativamente mais baixo que os custos dos tratamentos quando necessários", conclui o especialista.