Nesse sentido, as Nações Unidas, a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde do Sudão do Sul estão a treinar equipas médicas e a deslocar equipamento para centros junto das fronteiras para despistar a existência de contaminados, disse o chefe da missão da ONU, David Shearer, à imprensa, citado pela Bloomberg.

“Se atravessar a fronteira, nós teremos medidas para lidar com isso”, assegurou Shearer, assinalando que há, no entanto, preocupação com a insegurança junto da fronteira, que pode complicar os esforços no combate ao Ébola.

Estes são os 12 vírus mais letais do mundo
Estes são os 12 vírus mais letais do mundo
Ver artigo

Segundo o mais recente ponto de situação do Ministério da Saúde da RDC, de terça-feira com dados referentes à véspera, o Ébola terá matado 1.136 pessoas, das quais 1.048 foram vítimas confirmadas do vírus, desde que o surto foi declarado, em 01 de agosto de 2018.

Atualmente há ainda 459 casos suspeitos e 293 casos em investigação.

A campanha de vacinação em curso, que aplica a vacina rVSV-ZEBOV, do grupo farmacêutico Merck, chegou já a 115.389 pessoas.

O Sudão do Sul foi palco de uma guerra civil que deixou mais de 400.000 mortos e cerca de quatro milhões de deslocados. As consequências do conflito danificaram a capacidade do sistema de saúde do Sudão do Sul em lidar com epidemias.

Ainda que um acordo entre a administração do Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o principal grupo da oposição, liderado por Riek Machar, esteja bem encaminhado, há ainda rebeldes no sul do país que o rejeitam e continuam a combater o Governo.