Desde o último relatório, em 21 de outubro, mais 15 pessoas, maioritariamente em Beni e Mabalako, não resistiram ao ébola, nas províncias de Norte Kivu e Ituri, a leste da RDCongo.

Neste período de oito dias, de acordo com monitorização do Ministério da Saúde da RDCongo e da Organização Mundial de Saúde (OMS), registou-se também um acréscimo dos casos de contágio, de 238 para 267 (dos quais 232 confirmados).

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Apesar de manter-se desde agosto a tendência de crescimento de diagnósticos e mortes, a OMS decidiu não declarar estado de emergência de saúde pública internacional na região leste da RD Congo, que tem fronteiras com Uganda, Ruanda, Burundi e Tanzânia.

A epidemia de ébola foi declarada em Mangina, estendendo-se até Beni, baluarte do grupo armado ADF (Forças Democráticas Aliadas), que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.

"A avaliação do risco de propagação é baixa a nível global, mas é muito alta, tanto a nível nacional [na RDCongo], como regional. Não houve alteração na avaliação de risco desde 28 de setembro", considerou o Comité de Emergência da OMS, que reuniu de urgência em 17 de outubro, em Genebra, na Suíça.

Desde 01 de agosto, 104 pessoas morreram na sequência do contágio em Beni e 92 em Mabalako, a maioria nos grupos etários de 35 a 44 anos nos homens e de 15 a 24 nas mulheres.

A pior epidemia de ébola na história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em 29.000 casos sinalizados, mais de 99% na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.

A OMS foi então fortemente criticada pela resposta lenta.