O movimento apresenta-se como uma "iniciativa cívica que visa propor abordagens, reflexões, estudos e contributos em torno das questões éticas atuais", refere uma nota de imprensa divulgada.

Os fundadores do MAE entendem que, "mais do que nunca, é urgente refletir sobre o modo como vivemos, tomamos decisões, agimos e organizamos a sociedade".

Defendem que "o primado da ética é inseparável da razão de ser das ações pessoais e dos códigos de conduta profissionais ou institucionais".

Neste sentido, consideram que é "necessário combater a indiferença cívica, o minimalismo e relativismo éticos e o défice de responsabilidade pessoal e social".

O MAE propõe uma "ética centrada na pessoa e na valorização da vida humana, combatendo a indiferença e o relativismo ético, desejando contribuir para uma maior consciencialização dos imperativos éticos e para uma ética do futuro que não seja uma ética para o futuro, mas para hoje".

Na carta de princípios do MAE destacam-se a defesa do valor inviolável e inegociável da vida humana, o respeito integral pelos princípios da dignidade e da centralidade da pessoa e a consideração da dignidade como propriedade inalienável de cada um e de todos os seres humanos, sem condições ou restrições.

São também defendidos os princípios de respeito pela autonomia da pessoa, que existe por si e em si, repudiando visões programadas do ser humano, de ideal de equidade, tratando igualmente o que é igual e diferentemente o que é desigual, na medida dessa desigualdade e a harmoniosa conjugação entre direitos e deveres, bem como entre liberdade e responsabilidade.

O MAE consagra ainda o valor da solidariedade como um princípio ordenador da vida em sociedade, uma virtude moral e um dever social.