A informação foi avançada pelo secretário-geral da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA), que desenvolveu um plano de continuidade e contingência para tentar assegurar o abastecimento atempado e contínuo das farmácias comunitárias em todo o território nacional, numa altura em que a epidemia COVID-19 fez aumentar o número de encomendas por parte das farmácias.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“Por um lado, as farmácias têm tido um pico de procura por parte dos cidadãos, por outro lado, são as próprias farmácias a fazerem atividade de prevenção e a aumentar os níveis de ‘stockagem’, o que é totalmente compreensível”, disse à Lusa Nuno Cardoso.

Face à evolução da emergência de saúde pública devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, que se tem traduzido num “pico bastante mais elevado do que é habitual da procura, a ADIFA está a desenvolver esforços para garantir que o abastecimento continua a decorrer de forma contínua.

Nesse sentido, vai reduzir a frequência das entregas para duas vezes ao dia (suprimindo rotas adicionais), adaptando os recursos humanos, de forma a otimizar o serviço e mitigar risco de falhas.

De acordo com o responsável, esta gestão permite “aumentar a eficiência, já que duas entregas diárias são suficientes para as necessidades das farmácias”, e com essa redução de frequência é possível “garantir que a operação funcione de forma mais eficiente e limpa”.

“A nossa atividade estava num pico tão grande por causa desta quantidade relevante de aumento das encomendas por parte das farmácias que fazer três ou quatro encomendas diárias, com tudo o que envolve – preparar a encomenda, entregar às farmácias, a nível das rotas e afins - só ia resultar em entropia”, acrescentou.

Uma das principias preocupações do secretário geral é que não se abasteçam algumas farmácias em excesso, deixando outras em rutura de stock.

“O que queremos é fazer uma gestão criteriosa, tentando dispersar ao máximo por todas as farmácias no território nacional”, afirmou.

Sobre a possibilidade de um aumento ainda maior da procura por parte dos cidadãos resultar em falta de medicamentos, Nuno Cardoso disse que, sendo impossível prever, neste momento o que pode garantir é que o “abastecimento tem funcionado” de forma similar ao que era antes.

No entanto, admite que sendo esta uma situação de crise, é preciso acompanhar dia a dia, até porque já houve “indicações da Agencia Europeia do Medicamento de que poderia haver falhas de medicamentos”.

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