Na Escola EB 2,3 Ruy Belo, em Queluz, o protesto decorre até dia 18. Dezenas de alunos e professores formaram esta quarta-feira um cordão humano em defesa da saúde de todos. Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "amianto não" ou "a escola é para aprender e não para adoecer".

Lara Cunha, professora e organizadora do protesto, em declarações à TVI, explicou que a escola já tem mais de 30 anos e que todos os telhados são compostos por amianto, um produto altamente cancerígeno.

"Nós estamos aqui hoje reunidos para chamar a atenção para um problema que acontece na nossa escola, não só na nossa como em outras, que é a questão do amianto", começou por dizer.

"A nossa escola já tem por volta de 35 anos, que está cheia de telheiros com amianto, todos os telhados são compostos por este elemento e muitos deles têm árvores à volta que estão sempre a bater e a degradar" aquelas estruturas, cita a referida estação de televisão.

Amanhã, quinta-feira (10.10), alunos, pais e professores do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide (em Loures), vão juntar-se para participar na "Marcha contra o Amianto".

O protesto terá início às 8h50, à porta das duas escolas e obrigará ao corte de trânsito em três avenidas da freguesia de Moscavide e Portela, às portas de Lisboa, culminando num cordão humano, que vai rodear por completo o Centro Comercial da Portela, informa o Movimento Escolas Sem Amianto.

A iniciativa partiu do ‘ESPeloClima’ - um grupo de alunos que tem como objetivo combater as alterações climáticas e preservar o meio ambiente e o planeta.

O protesto é organizado em parceria com o Movimento Escolas Sem Amianto, um movimento reivindicativo de pais, professores, diretores, encarregados de educação e antigos alunos que exige a remoção do amianto de todos os estabelecimentos escolares.

O amianto é uma fibra natural mineral que foi muito usada em edifícios até ao fim do século passado.