Esta posição foi transmitida por Mariana Vieira da Silva em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, depois de questionada sobre a recente evolução da pandemia em Portugal.

Mariana Vieira da Silva referiu que, na quarta-feira, como habitualmente antes dos conselhos de ministros, juntamente com a ministra da Saúde [Marta Temido], reuniu-se com o conjunto de peritos que têm apoiado o Governo nas suas decisões.

“Neste momento, de acordo com a análise aos números, o pico já terá passado, com algumas regiões já com quedas visíveis, assim como no que respeita [à incidência] em grupos etários. Por essa razão, o Conselho de Ministros decidiu manter as medidas em vigor”, respondeu a ministra da Presidência.

Interrogada se o Governo afasta em definitivo a possibilidade de tornar novamente obrigatório uso de máscara em espaços interiores, Mariana Vieira da Silva contrapôs que o executivo “pondera sempre através da análise dos dados disponíveis a necessidade ou não de voltar a tomar medidas”.

“Neste momento em várias zonas do nosso país já se estar a verificar uma inversão de trajetória. Tendo em conta que o número de pessoas internadas em unidades de cuidados intensivo está abaixo dos 40% da linha vermelha definida pelo Governo, e também tendo em conta que estamos agora a realizar o reforço vacinal dos maiores de 80 anos, concluiu-se que não são necessárias medidas adicionais. Mas isso não significa que não seja necessário que cada um de nós cumpra as regras, em particular quando se contacta com cidadãos mais vulneráveis”, alegou.

Mas Mariana Vieira da Silva aproveitou para deixar uma advertência: “Quero destacar que o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, por exemplo, não significa que a máscara não deva ser utilizada em situações de maior risco”.

De acordo com a titular da pasta da Presidência, em atualmente, “a prioridade do Governo é a proteção das pessoas mais vulneráveis”.

“Isso explica a vacinação que neste momento ocorre para os cidadãos com mais de 80 anos e para as pessoas que estão em estruturas residenciais para idosos”, apontou, antes de deixar um novo alerta.

“Cada um de nós, no seu quotidiano, também tem esse dever de proteção em relação aos cidadãos mais vulneráveis, utilizando a máscara e evitando o contacto com pessoas no contexto em que se apresenta sintomas, ou em que se teve contacto com alguém de maior risco. Esse comportamento individual, de acordo com o risco que neste momento conhecemos, é também uma obrigação”, acrescentou.