O também presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo esclareceu, numa audição parlamentar na Comissão de Saúde, em Lisboa, que até 15 de maio será apresentada “toda a documentação ao Governo”, de modo “a tomar uma decisão para a construção do hospital”.

José Robalo reconheceu atrasos no lançamento do concurso, que se deveram à demora nas negociações com o consórcio responsável pelo projeto do novo hospital em Évora.

“Demorámos efetivamente muito tempo nesta negociação. Em junho ou julho [de 2018], o hospital ficou encarregue de fazer uma negociação mais próxima com o consórcio, para chegar a alguma conclusão, e só nos foi possível chegar a esse encerramento do processo em 23 de janeiro de 2019”, contou José Robalo.

O representante do grupo de trabalho adiantou ainda que o consórcio deu a garantia de que em 23 de abril o projeto para a nova unidade estará concluído.

Em março do ano passado, o Governo determinou a constituição de um grupo de trabalho para a preparação e lançamento, num prazo de seis meses, do concurso público internacional do novo hospital, um período que já foi ultrapassado.

No passado dia 11 de janeiro, o Governo apresentou o projeto de financiamento do novo Hospital Central do Alentejo, numa cerimónia que decorreu no edifício da atual unidade hospital alentejana.

Na sessão, a presidente do conselho de administração do atual Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), Filomena Mendes, revelou que o concurso para a empreitada será lançado até maio deste ano, devendo o novo hospital começar a funcionar até dezembro de 2023.

A empreitada vai ser financiada por fundos comunitários do programa Portugal 2020, através de apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no valor de 40 milhões de euros.

O novo hospital, que será construído na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e que terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.

A futura unidade hospital vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas.

A infraestrutura contará com 11 salas operatórias, das quais três para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e duas para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.

O lançamento do concurso para a construção do novo hospital chegou a estar previsto para o ano passado, após o Governo decidir o seu modelo de financiamento, conforme disse, em outubro de 2016, o então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, mas o procedimento não se concretizou.