Em comunicado, o instituto do Porto esclarece que a solução, desenvolvida no âmbito do projeto CADPath.AI financiado pelo programa Portugal 2020, permite “identificar anomalias e diagnósticos de forma totalmente digital”.

A solução, desenvolvida em parceria com o laboratório de anatomia patológica IMP Diagnostics, recorre a inteligência artificial para “melhorar os cuidados de saúde”.

O modelo incluído no protótipo tem como base um algoritmo de inteligência artificial desenvolvido a partir da análise de 4.500 biopsias e polipectomias colorretais, “apresentando uma sensibilidade de 98.9% e uma taxa de acerto de 90.2%”

Citado no comunicado, Jaime Cardoso, investigador do INESC TEC, observa que o protótipo vai permitir ao médico “reportar se o diagnóstico automático está correto, possibilitando a integração de novos dados no desenvolvimento do algoritmo e melhorando o seu desempenho ao longo do tempo”.

Também a diretora clínica do laboratório de anatomia patológica, Isabel Macedo Pinto, afirma que através desta solução o patologista poderá analisar a imagem digitalizada de uma amostra e “obter, em tempo real, a classificação da amostra, seja ela sem neoplasia, lesão de baixo grau ou lesão de alto grau”.

“O sistema é também capaz de gerar um mapa representativo da classificação específica das diferentes áreas do tecido, guiando o patologista para as áreas de maior interesse para o respetivo diagnóstico”, acrescenta.

O protótipo vai começar a ser testado este mês no IMP Diagnostics.