“Serão interditas todas as visitas aos doentes internados no IPO Lisboa, sendo as situações excecionais avaliadas e decididas caso a caso pelos diretores de cada serviço, em conjunto com os enfermeiros-chefes”, refere um comunicado enviado à agência Lusa.

Quanto aos doentes do ambulatório (consultas, tratamentos, exames, análises), “devem deslocar-se ao IPO Lisboa sem acompanhantes, sempre que a sua situação clínica o permita”. Nos casos em que não seja possível, estes doentes “só devem ser acompanhados por uma pessoa”, acrescenta.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“A implementação destas medidas é temporária, visa a proteção dos doentes e dos profissionais e a continuidade da atividade assistencial do IPO”, justifica a unidade hospitalar.

Estas medidas de prevenção levadas a cabo pelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) foram adotadas no âmbito do Plano de Contingência para a Infeção pela Covid-19 e atendendo à situação epidemiológica portuguesa.

Na segunda-feira, o IPO já tinha anunciado a restrição dos horários de visita e o número de visitantes a doentes internados, para reduzir o risco de propagação da Covid-19 naquela unidade hospitalar.

O novo coronavírus responsável pela COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.

O boletim divulgado hoje assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.

No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 637 casos suspeitos.

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