Em comunicado, a empresa que desenvolveu o projeto sublinha que a telemedicina aplicada ao programa de diálise peritoneal domiciliária tem como vantagens "o aumento da eficiência dos cuidados prestados, com redução de tempo e de custos para o doente e profissionais de saúde".

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No Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) são acompanhados, atualmente, 16 doentes com insuficiência renal crónica através desta tecnologia, mas as previsões passam por alargá-la a mais doentes, sendo já usada em 12 hospitais do país e abrangendo 160 doentes, lê-se no comunicado.

Menos gastos e mais qualidade de vida

Para Pedro Neves, diretor do serviço de Nefrologia da unidade de Faro do CHUA, citado na nota, a telemedicina permite "um melhor aproveitamento da capacidade e dos recursos humanos" existentes no serviço, com "uma diminuição clara dos gastos”, ao mesmo tempo que melhora a qualidade de vida dos doentes.

Segundo o especialista, em zonas geográficas em que o doente tem de percorrer distâncias consideráveis para realizar o tratamento, como é o caso do Algarve, a telemedicina "assume-se como uma opção de tratamento muito benéfica".

A monitorização dos dados permite que os médicos acedam remota e diariamente à informação de tratamento dos seus doentes, efetuando os ajustes necessários à terapêutica e possibilitando um cuidado personalizado.

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A gestão da insuficiência renal crónica requer consultas regulares e deslocações frequentes do doente ao hospital, o que implica tempo e custos elevados, que ficam reduzidos com o recurso ao tratamento em casa.

"A possibilidade de redução de todos estes encargos a nível de recursos, deslocações e tempo alocado com a implementação da telemedicina em diálise peritoneal traduz-se numa poupança tanto para o doente como para o hospital", concluem.

Em Portugal, os registos da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) indicam que por ano entram em falência renal cerca de 2.500 portugueses.

Estima-se que estejam em Tratamento de Substituição da Função Renal 12 mil doentes, 25% com idade superior a 80 anos.

Em Portugal, o projeto-piloto de Telemedicina em Diálise Peritoneal teve início em 2016 nos Centros Hospitalares de Lisboa Norte e Lisboa Ocidental, e Centro Hospitalar São João, no Porto.