O questionário de satisfação foi aplicado pelo Serviço de Gestão de Qualidade e Risco Clínico, entre os dias 22 de novembro a 21 de dezembro de 2018, a 929 utentes do ambulatório e do internamento.

“Os doentes em tratamento no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil confiam nos profissionais de saúde, sentem-se seguros e reconhecem a qualidade do trabalho desenvolvido, apreciam o conforto dos serviços de internamento, sentem-se respeitados e estão muito satisfeitos com a assistência e o acompanhamento que recebem”, apontam as conclusões do inquérito divulgadas em comunicado.

Além do grau de satisfação, o questionário avaliou as necessidades e as expetativas dos utentes, que sugeriram “um atendimento telefónico mais rápido e eficiente”, a realização das consultas médicas às horas marcadas e o reforço de profissionais nalguns setores”.

Alguns doentes defenderam ser urgente “desbloquear” as contratações de pessoal e remunerar melhor os recursos humanos do setor público da saúde, considerando que “nestas condições é humanamente impossível fazer mais”, dando como exemplo a Clínica da Mama.

Entre as áreas avaliadas, destacam-se também a relação com os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos, assistentes operacionais) e a qualidade e a segurança dos atos clínicos e administrativos, todos com índice de satisfação que varia entre os 90 e os 98%, refere a instituição.

Relativamente à informação prestada pelos diferentes grupos profissionais, mais de 80% dos doentes consideram-se satisfeitos, mas defendem a melhoria da comunicação médico/doente, salas de espera “mais confortáveis e acolhedoras”, menos tempo no transporte entre a residência/hospital/residência e “mais conforto e privacidade” no Hospital de Dia e no Serviço de Atendimento não Programado.

Mais informação na área da nutrição, aumento dos lugares de estacionamento e melhoria dos arruamentos são outras sugestões apontadas pelos doentes.

“No geral, a limpeza, o conforto e a privacidade das instalações também merecem uma avaliação muito positiva” e “a sinalética é considerada boa, tendo vários doentes sinalizado a necessidade de melhorar a informação sobre a localização de alguns serviços, no interior do IPO Lisboa”, refere o estudo.

Os resultados do inquérito são enviados para os diretores e gestores de qualidade dos vários serviços, que deverão desenvolver e promover ações de melhoria conforme as expectativas e as necessidades dos doentes, refere o IPO.

A maioria dos doentes que responderam ao inquérito são mulheres (56%), metade vive no distrito de Lisboa, seguindo-se os distritos de Setúbal, Santarém, Leiria, Faro e Beja, sendo que 28% desloca-se ao IPO Lisboa entre uma a seis vezes por ano, 12% duas a três vezes por mês e 8% uma vez por semana.

O IPO Lisboa tem 283 camas e acompanha mais de 55.000 doentes por ano. Em 2018, recebeu 6.500 novos doentes, realizou mais de 270.000 consultas médicas e 100.500 não médicas, fez 6.700 cirurgias e 86 transplantes de medula (um terço em crianças).