“Foi um esforço de equipa muito complexo, difícil, aturado, devotado e importante”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, por videoconferência, na 26.ª sessão sobre a situação da covid-19 em Portugal, com especialistas em várias áreas da saúde e responsáveis políticos.

Ainda na parte com transmissão pública desta sessão, o chefe de Estado usou da palavra apenas “para uma vez mais agradecer a todos” os que desde o início da pandemia de covid-19 “contribuíram diretamente ou por videoconferência com o seu saber para o aconselhamento das decisões políticas”.

“Foram dois anos muito intensos, muito complexos, às vezes, com variações, mais previstas, menos previstas, há uma dose de imprevisibilidade”, referiu, considerando que se está “num momento que de alguma maneira é simbólico”.

Dirigindo-se à ministra da Saúde, Marta Temido, o Presidente da República acrescentou que “é a primeira a merecer também este agradecimento, como a senhora diretora-geral da Saúde [Graça Freitas]” e “toda a equipa”.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram mais de 20 mil pessoas com covid-19 e foram contabilizados mais de três milhões de casos de infeção com o vírus que provoca esta doença respiratória, segundo Direção-Geral da Saúde (DGS).

Durante a sessão de hoje sobre a situação da covid-19, Pedro Pinto Leite, especialista em saúde pública da DGS, disse que “Portugal passou por cinco grandes ondas epidémicas” e se encontra agora “na quinta maior onda desde o início da pandemia”, estimando-se que “o pico da incidência terá ocorrido no dia 28 de janeiro”.

Estas sessões surgiram por iniciativa do primeiro-ministro, António Costa, com um objetivo de partilha de informação, e começaram no dia 24 de março de 2020. Tiveram inicialmente periodicidade semanal e depois quinzenal e realizaram-se quase sempre no auditório do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos da Saúde, em Lisboa.