O médico do hospital onde o líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi assistido após ter sido envenenado morreu, informou a unidade de Urgências de Omsk na quinta-feira. Sergey Maximishin tinha 55 anos e faleceu subitamente, escreve a CNN.

Sergey Maximishin era diretor-adjunto da unidade de anestesiologia e reanimação do Hospital de Urgências de Omsk, para onde o líder da oposição foi transportado de urgência depois de se ter sentido mal num avião em que seguia para Moscovo.

"Sabia mais do que ninguém sobre o estado de Alexei, por isso não posso descartar a possibilidade de ter sido um ato criminoso", disse Leonid Volkov, chefe de pessoal da equipa política de Navalny, à referida estação de televisão norte-americana.

O mesmo responsável reconheceu, no entanto, que "o sistema de saúde da Rússia é muito precário", não sendo "incomum que médicos da sua idade morram repentinamente".

O opositor russo Alexei Navalny de 44 anos, que sobreviveu no ano passado a um envenenamento do qual acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, foi preso em 17 de janeiro ao regressar ao país depois de cinco meses em recuperação na Alemanha.

Após ter desmaiado durante um voo na Rússia a 20 de agosto, Alexei Navalny foi inicialmente admitido num hospital da Sibéria e depois transferido para a Alemanha, onde se concluiu que tinha sido envenenado com Novichok, uma substância neurotóxica criada por especialistas soviéticos com fins militares.

Vários laboratórios especializados alemães, franceses e suecos determinaram que o opositor, que denuncia a alegada corrupção das elites russas, foi vítima de envenenamento por um agente nervoso do tipo Novichok, o que Moscovo continua a contestar vigorosamente.

Vítimas de envenenamento por Novichok em 2018 em Inglaterra, o ex-agente duplo russo Sergei Skripal e a sua filha Yulia também recuperaram após uma longa hospitalização, vivendo agora escondidos sob proteção.