“Este é um tema delicado e vou manifestar a minha opinião pessoal. (…) Eu, pessoalmente, discordo totalmente porque os custos são muito maiores do que os eventuais benefícios que possa vir a ter”, comentou, em entrevista, o governante.

Em causa está um projeto de plantação de canábis, que é defendido pelo ministro da Agricultura. O Governo já veio dizer que não legalizou o cultivo desta planta no país.

Edgar Neves ressalvou conhecer os benefícios da utilização de canábis para fins medicinais e também reconheceu que o projeto tem capacidade de melhorar a economia do país.

“Mas é preciso agora colocar tudo isso na nossa realidade (…) e neste sentido conhecemos bem as nossas fraquezas em termos de poder gerir com rigor”, disse.

A incapacidade de controlar a produção e impedir que a população, essencialmente jovem, tenha acesso à canábis, é o principal argumento apresentado pelo governante, que tutela o Instituto da Droga e da Toxicodependência.

O presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, afirmou esta semana ser contra esta plantação, e o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, no poder, também se demarcou do projeto.