O país escandinavo, que tinha suspendido todas as restrições relacionadas com o combate ao vírus no final de setembro, também oferecerá uma terceira dose da vacina contra a covid-19 a todos os maiores de 18 anos, anunciou o primeiro-ministro, Jonas Gahr Støre, numa conferência de imprensa, excluindo, no entanto, o confinamento ou outras medidas drásticas.

“O Governo quer introduzir novas medidas nacionais para conter o contágio”, declarou.

“No entanto, não estamos a falar de confinamento ou medidas tão rígidas como vimos anteriormente”, disse o novo chefe de Governo.

As pessoas não vacinadas com mais de 18 anos que tiveram contacto com alguém infetado pelo vírus devem ser testadas a partir de 16 de novembro, disse o Executivo.

Os profissionais de saúde não vacinados terão que fazer testes duas vezes por semana e usar máscara, sendo recomendado permanecer em casa no caso de sintomas da doença.

As medidas locais de combate ao vírus reapareceram nos últimos dias na Noruega, quando o número diário de novas infeções é atualmente de cerca de 1.500 num país de 5,4 milhões de habitantes.

O número de mortes voltou a aumentar, embora continue baixo, cerca de quatro por dia nesta semana, de acordo com estatísticas oficiais recolhidas pela agência France-Presse.

A Europa, nomeadamente o centro e leste do continente, enfrenta um aumento de novas infeções do SARS-CoV-2. A Alemanha, por exemplo, registou 48.640 novas infeções e 191 mortes nas últimas 24 horas.

As pessoas não vacinadas são de longe as mais afetadas.

Nos Países Baixos foram contabilizados na quinta-feira 16.364 novos infetados, o número mais alto de casos desde o início da pandemia no país, em março de 2020, indicou o Instituto de Saúde Pública (RIVM) holandês.

O aumento do número de casos levou o Governo de Haia a reunir-se na quinta-feira para decidir se vai seguir os conselhos das equipas de especialistas, que recomendaram a imposição de um confinamento limitado no país, e deverá anunciar hoje a decisão.

A Europa é, mais uma vez, o “epicentro” da pandemia do novo coronavírus, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que mais 500 mil mortes devido à doença possam ocorrer até fevereiro.

A covid-19 provocou pelo menos 5.071.273 mortes em todo o mundo, entre mais de 251,37 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em vários países.