O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou hoje, durante uma conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça, que a melhor maneira de se protegerem é “reduzir o risco de exposição à doença”.

“Para os homens que fazem sexo com homens, isso também significa, no momento, reduzir o número dos parceiros sexuais e trocar informações com qualquer novo parceiro para poder contactá-los” em caso de aparecimento de sintomas, para que se possam isolar”, explicou Tedros Ghebreyesus, após a OMS ter declarado no sábado a doença como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta.

Mais de 18.000 casos de Monkeypox foram detetados em todo o mundo desde o início de maio passado, fora das áreas endémicas de África.

A doença foi relatada em 78 países até agora e 70% dos casos estão concentrados na Europa e 25% nas Américas, disse o responsável da OMS.

Cinco pessoas morreram da doença (todas em África) e cerca de 10% dos casos exigem internamento hospitalar para tentar aliviar a dor dos pacientes.

Em Portugal foram confirmados 588 casos

A DGS aconselha as pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, a procurar aconselhamento médico e a evitarem contacto físico direto.

A vacina contra a varíola, assim como antivirais e a imunoglobulina ‘vaccinia’ (VIG), podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox, uma doença rara.

A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação – daí o nome “Monkeypox” (“monkey” significa macaco e “pox” varíola).