Em comunicado, o Bastonário Miguel Guimarães e o Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos apelam "à importância da coesão nacional no combate à segunda onda pandémica que está a iniciar-se no continente europeu". "Não sendo possível a prevenção absoluta, todos devemos adotar as medidas que maximizem a prevenção do risco de transmissão", lê-se na nota.

A OM pede a divulgação urgente da Estratégia Outono-Inverno para a Saúde, bem como a atualização das normas e orientações técnicas, de modo a garantir a melhor articulação e concertação das respostas a nível ambulatório e hospitalar, bem como, a uniformização das melhores práticas.

A OM recomenda "a criação de equipas médicas de resposta em prontidão para situações complexas, como surtos em lares, compostas por médicos de Saúde Pública, médicos com experiência em Covid-19 e médicos de emergência, sob dependência das ARS, em ligação com o hospital de referência e coordenadas pelo INEM em colaboração com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)".

A OM propõe a "criação de um modelo de coordenação regional das vagas em Enfermaria e Unidade de Cuidados Intensivos para os doentes com Covid-19 e de uma rede de transferência específica com os recursos humanos e técnicos adequados".

Na nota, as entidades salienta a necessidade urgente de reforço da capacidade laboratorial para a realização de testes rápidos de diagnóstico e/ou testes de infecciosidade que assegurem o menor impacto nas diferentes atividades sociais e económicas.

A OM pede ainda o aumento da comunicação das medidas de mitigação da pandemia, como a utilização de máscara facial em espaços públicos.

As entidades pedem também o reforço do rastreio precoce com teste de diagnóstico inicial nos contactos de alto risco dos casos confirmados, legislação específica para a realização de eventos de massas com critérios claros, uniformes e coerentes, de acordo com a avaliação do risco e o nível de atividade epidémica, a necessidade imperiosa do adequado reforço de recursos humanos na Linha de Saúde 24, nas equipas de Saúde Pública e no SNS, e a monitorização dos níveis de burnout e sofrimento ético dos profissionais de saúde.