"Encontra-se a circular um documento falso que apresenta um suposto plano de desconfinamento imputado ao Governo, o qual consiste numa adulteração abusiva da tabela de desconfinamento divulgada em abril do ano passado", alerta uma nota divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro.

Na nota, o executivo frisa que esse documento "não tem qualquer veracidade, não é da autoria do Governo, nem se baseia em qualquer trabalho preparatório, pelo que às informações constantes do mesmo não deve ser atribuída qualquer credibilidade".

"Pela desinformação e falsas expectativas que tal documento pode gerar, com o inerente risco para a saúde pública, esta falsificação será objeto de comunicação ao Ministério Público", adianta-se logo depois nesse comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

Em relação aos desenvolvimentos do plano de contenção e combate à covid-19, o Governo refere que se encontra a "preparar os futuros passos de desconfinamento, que serão dados em devido tempo, em articulação com a estratégia de testagem e o plano de vacinação".

"No entanto, o Governo considera que é inoportuno proceder nesta fase a qualquer apresentação ou discussão pública sobre o tema. Este não é ainda o momento do desconfinamento", adverte-se.

Pelo contrário, segundo o executivo, que menciona o projeto de decreto do Presidente da República para a renovação do estado de emergência em Portugal até 16 de março, "não é recomendado pelos peritos reduzir ou suspender, neste contexto, as medidas de restrição dos contactos".

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.486.116 mortos no mundo, resultantes de mais de 112 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.136 pessoas dos 800.586 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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