"As doenças do aparelho respiratório causaram 13.305 óbitos em 2018, mais 3,8% do que no ano anterior (12.819 óbitos), representando 11,7% da mortalidade total ocorrida no país", refere o INE na informação divulgada na véspera do Dia Mundial da Saúde e em plena pandemia de Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

No quadro destas patologias, o INE destaca as mortes provocadas por pneumonia, com 5.764 óbitos, representando 5,1% da mortalidade ocorrida em 2018 e registando um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior.

"A idade média ao óbito verificada para 2018 foi de 83,9 anos. A taxa bruta de mortalidade por pneumonia foi de 55,9 óbitos por 100.000 habitantes, com valores significativamente crescentes" a partir dos 65 anos de idade, de acordo com as estatísticas disponíveis.

No conjunto das doenças respiratórias, são também consideradas relevantes as doenças crónicas das vias aéreas inferiores (pulmões, brônquios, traqueia), com 3.054 óbitos, dos quais 2.834 causados por doença pulmonar obstrutiva crónica.

"Com menor importância em relação à mortalidade global, salientam-se as mortes causadas por gripe (influenza), 205 óbitos", segundo o INE.

Em Portugal, referem os técnicos do INE, "morre-se relativamente mais de doenças do aparelho respiratório que na UE-28, em especial devido a pneumonia".

Excetuam-se, contudo, as mortes causadas por doenças crónicas das vias aéreas inferiores, que registam uma letalidade por 100.000 habitantes mais elevada na União Europeia.

Os indicadores fundamentais de saúde apurados pelo INE apresentam uma melhoria nos últimos anos, embora alguns mantenham níveis inferiores à média da União Europeia (28 países).