O governo do primeiro-ministro Boris Johnson, que iniciou a campanha em 8 de dezembro e desde então vacinou quase 19 milhões dos 66 milhões de habitantes do país, espera alcançar até meados de abril todas as pessoas com mais de 50 anos, os profissionais de saúde e as pessoas com problemas graves de saúde.

A partir de então, a vacinação entrará na segunda fase, anunciou o comité científico JCVI.

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O comité examinou a possibilidade de priorizar determinadas profissões, como polícias ou professores, como defenderam os sindicatos, mas concluiu que a idade deve continuar a ser o fator principal no esforço para reduzir as hospitalizações e as mortes por COVID-19.

Orientar a campanha de acordo coma idade "será simples e a simplicidade é um dos elementos chave do programa em termos de rapidez e êxito", explicou o professor Wei Shen Lim, membro do comité, em conferência de imprensa.

Mudar a estratégia para concentrar-se em determinadas profissões "seria mais complexo e poderia provocar mais atrasos", afirmou, ao destacar que "a rapidez é crucial".

Para a segunda fase, o JCVI aconselha dar prioridade às pessoas com idades entre 40 e 49 anos, depois ao gripo de 30-39 anos e, por último, aos adultos de entre 29 e 18 anos. Os menores de idade não serão vacinados por enquanto.

Um porta-voz do governo disse que as quatro nações do Reino Unido - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte - "seguirão a abordagem recomendada".

O governo de Johnson estabeleceu a meta de que todos os adultos recebam a primeira dose da vacina até o fim de julho.

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A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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