“Foram negativos. Aguardamos agora os resultados para o caso de São Vicente”, apontou Artur Correia, depois de receber, ao final da tarde, os primeiros dois resultados das amostras enviadas para o Instituto Nacional de Saúde Pública Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa.

As duas turistas portuguesas, de 32 e 26 anos, chegaram à Praia, provenientes do Porto, no domingo, e estavam desde quarta-feira em isolamento no Hospital Agostinho Neto.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

As autoridades cabo-verdianas aguardam agora o resultado, a partir de Lisboa, das análises ao terceiro caso suspeito anunciado no balanço de hoje.

Trata-se de um cidadão cabo-verdiano de 49 anos, que chegou à ilha de São Vicente proveniente de Roma, Itália, e que está em isolamento no Hospital Batista de Sousa, no Mindelo, desde quarta-feira.

Questionado pela Lusa, o Diretor Nacional de Saúde Pública não esclareceu se, além deste caso, há registo de novos, depois dos dados apresentados hoje de manhã.

Artur Correia disse que a partir de sexta-feira serão feitos balanços regulares sobre casos suspeitos de COVID-19 no território.

Até ao momento, Cabo Verde não registou qualquer caso confirmado da epidemia de COVID-19, provocada por um novo coronavírus e que foi elevada à classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O primeiro-ministro cabo-verdiano anunciou, na terça-feira, o alargamento da interdição dos voos de Itália para Cabo Verde até 30 de abril e “vigilância apertada” nas viagens provenientes de França, Portugal e Espanha, devido ao COVID-19.

“A interdição de voos para Itália, tendo em conta a prevalência de casos. Tomámos a decisão em tempo útil e oportuno e vai ser prorrogada até 30 de abril, porque tínhamos definido um período de três semanas e continuaremos a fazer avaliação da situação da epidemia em Itália”, disse Ulisses Correia e Silva.

Relativamente a outros países com casos da doença e onde há também um fluxo grande e permanente de transporte e diretos para Cabo Verde, nomeadamente Espanha, França e Portugal, Ulisses Correia e Silva afirmou que será mantida a “triagem e vigilância apertadas” nos aeroportos.

O governante também anunciou que serão cancelados até 30 de junho todos os eventos internacionais no país, que reúnam números elevados de participantes oriundos de países assinalados com a epidemia.

O novo coronavírus responsável pela COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

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