Cinco anos após o fim da epidemia anterior, que se prolongou entre 2013 e 2016, a Guiné-Conacri está novamente em “situação epidémica”, disse hoje o chefe da agência de saúde guineense, Sakoba Keita.

Citado pela agência France-Presse (AFP), Sakoba Keita, confirmou o registo de três mortes e sete casos de febre hemorrágica Ébola.

O ministro da Saúde, Rémy Lamah, tinha divulgado, no sábado, um total de quatro óbitos, mas o número foi hoje retificado.

A presença do vírus foi confirmada hoje de manhã pelo laboratório de Conagri, sendo, segundo o mesmo responsável, o primeiro relato de ressurgimento da doença na África Ocidental, onde começou a pior epidemia da história do vírus.

Também na República Democrática do Congo foram confirmados três novos casos de um novo surto de Ébola no nordeste do país, apenas cerca de três meses depois este país ter anunciado, em 18 de novembro, o fim do 11.º surto de Ébola da sua história, na província ocidental do Equador, que provocou a morte de 55 pessoas e infetou outros 130, segundo dados oficiais

O vírus Ébola, que provoca febres altas, vómitos e diarreias, foi identificado pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo.

A doença é transmitida pelo contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%.

Em 2013 foi detetada uma vaga na Guiné-Conacri, considerada das mais graves, que se propagou à Libéria, Serra Leoa e a outros dez países, incluindo Espanha e Estados Unidos, causando 11.300 mortos e 28.600 casos até 2016.