Com um orçamento inicial de até 1,9 mil milhões de euros até 2023, suportados pelo programa comunitário de apoio à investigação Horizonte Europa, estas cinco novas missões da UE “visam enfrentar grandes desafios na saúde, no clima e no ambiente e alcançar objetivos ambiciosos e inspiradores nestas áreas”, salienta o executivo comunitário em comunicado de imprensa.

Para isso, está previsto que tais estruturas abranjam vários serviços da Comissão Europeia sob a autoridade de nove comissários europeus, para apoiar a investigação e envolver os cidadãos e as regiões, “para cumprir as principais prioridades da Comissão e encontrar respostas a alguns dos maiores desafios que enfrentamos atualmente, [como] combater o cancro, garantir uma adaptação às alterações climáticas, proteger os oceanos, mares e águas, viver em cidades mais ‘verdes’ e assegurar solos e alimentação saudáveis”, acrescenta o comunicado.

Uma das missões destina-se à adaptação às alterações climáticas, com a meta de ajudar pelo menos 150 regiões e comunidades europeias a tornarem-se “resistentes às alterações climáticas” até 2030.

Para tal, serão disponibilizados cerca de 100 milhões de euros para enfrentar os principais perigos induzidos pelo clima - tais como inundações - adaptados às circunstâncias locais.

Outra das estruturas tem como objetivo trabalhar com o Plano Europeu contra o Cancro, para “melhorar a vida de mais de três milhões de pessoas até 2030 através da prevenção, cura e soluções para viver mais e melhor”.

Esta missão visa estabelecer um novo modelo de governação conjunta para assegurar uma integração sistemática e eficaz da investigação, inovação e desenvolvimentos políticos sobre o cancro na Europa.

A estas duas acrescem missões para, também até 2030, “restabelecer o oceano e as águas” europeias através da criação de uma rede de referenciais à escala do mar e da bacia hidrográfica para expandir as áreas marinhas protegidas e ainda para criar “100 cidades inteligentes e de neutralidade carbónica”.

A quinta e última missão propõe-se conseguir um "acordo sobre o solo para a Europa”, nomeadamente com “100 laboratórios […] para liderar a transição”, adianta a instituição, precisando que estarão em causa iniciativas científicas cidadãs para melhorar coletivamente o estado dos solos.

Com o aval hoje dado ao lançamento de tais estruturas, Bruxelas dá também ‘luz verde’ às ações que lançam as bases para a sua concretização, sendo que estas missões terão uma agenda completa de investigação e inovação atualizada até ao final do ano.

Prevê-se participação pública, já que estas missões irão abranger regiões, cidades e organizações participantes, bem como cidadãos dos Estados-membros.