Habitualmente aparece após os 60 anos de idade e pode ser causada pelo envelhecimento, por sequelas de doenças das ancas nas crianças, por sequelas de fratura, por consequência de doenças auto-imunes ( por exemplo, artrite reumatóide) ou por excesso de carga (obesidade extrema, actividade desportiva ou profissional extremas). Saiba mais sobre esta doença e seu tratamento.

Quais os sintomas?

O mais frequente é a dor. Habitualmente na virilha, na nádega ou na coxa. Esta pode surgir apenas no movimento ou com esforços. Mas também pode surgir em repouso ou durante a noite, consoante a causa subjacente.

Existem outros sintomas que podem surgir, como a rigidez articular que se caracteriza pela diminuição da amplitude de movimentos. Pode ser apenas matinal ou pode ser constante.

A artrose da anca pode manifestar-se apenas como uma dor no joelho, levando muitas vezes a demora no diagnóstico da doença.

A pessoa afectada com artrose da anca sente habitualmente uma diminuição progressiva da sua capacidade desportiva, profissional ou até mesmo para a realização de pequenas tarefas domésticas.

Em que situações deve procurar o médico?

Sempre que surja dor que dura mais de 7 dias, não tenha explicação aparente e não melhore com repouso;  Se sentir limitação dolorosa na prática de desporto; Se notar que está com perda de mobilidade, com diminuição da amplitude dos seus movimentos.

O importante é não adiar a procura de aconselhamento médico. Temos observado, durante o período de pandemia, o adiamento da procura de resposta clínico por receio de deslocação ao hospital. Os hospitais são lugares seguros seja para realizar uma consulta, exame ou tratamento. E lembre-se: quanto mais precocemente for detetada esta doença, melhor será o prognóstico.

Como se trata?

Existem diversas modalidades de tratamento, conforme o grau de avanço da doença. Por isso é importante procurar ajuda médica nas fases iniciais das queixas.

Nas fases iniciais, pode bastar corrigir pequenos aspectos da vida diária. Por exemplo, é importante ter um peso adequado, para evitar a sobrecarga. Pode ser necessário um acompanhamento por nutricionista. Também pode ser necessário alterar a forma como se trabalha ou se pratica desporto.

Existem medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios ou protetores da cartilagem que podem melhorar a qualidade de vida ou até mesmo travar a progressão da doença.

Por vezes, os medicamentos podem ter de ser introduzidos dentro da anca através de uma infiltração articular.

A fisioterapia tem um papel fundamental no controlo da dor e na melhoria da mobilidade, devolvendo capacidade funcional ao doente.

Em situações mais avançadas, ou que não melhoram com os primeiros tratamentos, a cirurgia é também uma opção. Existem cirurgias conservadoras da anca, que permitem preservar a anca natural e tratar a doença. Na artrose mais avançada, a opção é a artroplastia (colocação de prótese), que permite devolver uma vida normal, com a possibilidade de voltar aos seus hábitos de exercício e rotinas familiares, com autonomia completa. É possível voltar a trabalhar, a viajar e a praticar desporto.

A artroplastia ou prótese total da anca é uma das cirurgias ortopédicas mais frequentes, com ganhos comprovados no aumento da  mobilidade, controlo da dor e melhoria da qualidade de vida. Aconselha-se que seja realizada por cirurgiões experientes e com diferenciação no tratamento da patologia da anca.

Aconselhe-se com o seu médico que irá indicar qual o tratamento mais adequado para o seu caso. Os doentes que necessitem de ser submetidos a esta intervenção podem ser operados na CUF Porto utilizando o vale-cirurgia atribuído pelos hospitais públicos, permitindo reduzir o tempo de espera de cirurgia sem qualquer custo adicional.

Um artigo do médico Eurico Bandeira Rodrigues, especialista em Ortopedia no Instituto CUF Porto.

Um bocadinho de gossip por dia, nem sabe o bem que lhe fazia.

Subscreva a newsletter do SAPO Lifestyle.

Os temas mais inspiradores e atuais!

Ative as notificações do SAPO Lifestyle.

Não perca as últimas tendências!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOlifestyle nas suas publicações.