Fonte da empresa disse hoje à Lusa que aquele trabalho começou este ano e partiu do desafio de um cliente holandês, que é proprietário de um campo de ténis.

A ideia era reutilizar as muitas bolas deixadas regularmente pelos praticantes da modalidade, neste caso usando os seus materiais para produzir solas de calçado.

As bolas foram trituradas num moinho da unidade industrial portuguesa e a esse material foram acrescentados resíduos de rolhas de cortiça e termoplástico.

O processo foi testado até se alcançar um "produto homogéneo", transformado numa sola "confortável, durável e amiga do ambiente".

A incorporação de resíduos nas solas de sapatos, assinala a empresa, não é nova para aquela unidade industrial de Sendim, Felgueiras, no distrito do Porto, mas a utilização dos materiais das bolas de ténis representa algo completamente inovador.

Graças ao novo composto, foram produzidos milhares de exemplares de solas para o cliente holandês.

A empresa assinala agora estar em condições de continuar a utilizar as bolas de ténis em fim de vida no fabrico de mais solas, num contexto de reciclagem, contribuindo para evitar que aqueles materiais sejam enviados para os aterros, como ocorre na maioria dos casos.

A ISI Soles exporta cerca de 90% da sua produção. Os restantes 10% destinam-se ao mercado nacional.