"Um número recorde de 190 países e territórios apoiaram a Hora do Planeta 2020, com milhões de pessoas a unirem-se digitalmente, no meio do surto de covid-19", lê-se no comunicado emitido pelo movimento em Portugal, onde se destaca a forte adesão de "líderes globais, celebridades, indivíduos e empresas".

Lançada em 2007 na Austrália, a Hora do Planeta é o movimento global lançado pela organização ambientalista World Wide Fund for Nature (WWF), e, este ano, foi pela primeira vez celebrada exclusivamente 'online', depois de terem sido canceladas inúmeras iniciativas em todo o mundo devido à situação provocada pelo novo coronavírus.

Em Portugal, a transmissão em direto "A Natureza Importa" contou, ao longo de hora e meia, com músicas ao vivo, uma receita gastronómica, dicas sustentáveis e troca de experiências entre os participantes, que foram acompanhados em direto por centenas de pessoas.

"O sucesso da Hora do Planeta deste ano é um testemunho do incrível espírito humano e do poder da ação coletiva. Milhões moveram-se para o 'online', tornando a Hora do Planeta 2020 um dos maiores movimentos virtuais para o meio ambiente", salientou Ângela Morgado, diretora executiva da Associação Natureza Portugal (ANP/WWF), representante em Portugal da WWF.

A 'bandeira' desta iniciativa é o "apagão", isto é, o período de uma hora (em Portugal foi das 20:30 às 21:30, hora de Lisboa) em que todos os aderentes devem desligar ou reduzir as luzes em prol da poupança dos recursos da natureza.

"Sempre que fosse seguro fazê-lo, a Hora do Planeta manteve o seu pedido para que monumentos e edifícios por todo o país aderissem, comprometendo-se ao longo do ano a melhorar em termos de sustentabilidade, e a apagarem as suas luzes durante uma hora. Em Portugal, foram 112 os municípios aderentes", assinalou a organização.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).