Cerca de meio milhão de pessoas quer começar 2021 com uma mudança. Seja no plano alimentar ou até mesmo no estilo de vida, há algo que une esta intenção: evitar, na medida do possível, produtos de origem animal. O desafio mundial Veganuary (Vegan+January) voltou a bater recordes, angariando o dobro das assinaturas conseguidas em 2020.

Evitar o sofrimento animal e reduzir a pegada ecológica são as principais razões de quem se autopropõe deixar de consumir laticínios, ovos, carne, peixe e mel, sem esquecer que também há quem o faça em prol da saúde.

Em Portugal, “mais de dez mil pessoas” já se registaram no Desafio Vegetariano, segundo a coordenadora da campanha, Elisa Nair Ferreira.

Os que aceitarem o convite de iniciar uma dieta de base vegetal, receberão durante um mês “e-mails informativos, receitas fáceis e saborosas, acesso a um grupo privado e informação profissional dada por uma equipa de nutrição”.

Elisa sublinha que estas dicas ficam disponíveis online durante todo o ano, no site da iniciativa.

Lembrar que a Associação Vegetariana Portuguesa também disponibiliza um guia para dar os primeiros passos numa dieta vegetal, com conselhos, por exemplo, sobre como “veganizar” algumas receitas tradicionais portuguesas.

Afinal, porque existe tanto ódio à volta do veganismo?
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​“Uma dieta vegetariana, desde que bem planeada, é saudável, adequada e poderá ser benéfica para a saúde, nomeadamente na prevenção e tratamento de algumas doenças”, lê-se num guia do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direcção-Geral da Saúde, divulgado em 2015.

O documento é um manual com linhas de orientação para quem pretende alterar a alimentação. Consultar um profissional de saúde de forma a acautelar possíveis carências alimentares e fazer uma transição de forma faseada são alguns dos conselhos dados pela DGS.