No final do mês de fevereiro 66,2% de Portugal continental estava em seca extrema, 29,3% em seca severa e 4,5% em seca moderada.

De acordo com o índice meteorológico de seca (PDSI) disponível hoje na página IPMA, em situação de seca extrema estavam os distritos de Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Évora, Beja e Faro.

O relatório indica também que no final de fevereiro verificou-se um agravamento da situação de seca meteorológica em todo o território com um aumento da área nas classes de seca mais graves, severa e extrema.

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal.

Além do índice de seca, o Boletim Climatológico do IPMA indica que o mês de fevereiro, em Portugal continental, foi o 3.º mais seco desde 1931 (mais secos em 2012 e 1934).

O valor médio da temperatura média do ar (11,31 graus Celsius), foi superior ao valor normal no período 1971-2000 (+ 1,33 graus), sendo o 10.º fevereiro mais quente desde 1931 e o 5.º desde 2000 (mais alto: 2020, 12,43 graus).

O IPMA refere também que o valor médio de temperatura máxima do ar foi o 2.º mais alto desde 1931 (mais alto em 2020, 17,89 graus), com um valor médio de 17,38 graus.

No que diz respeito ao valor médio da temperatura mínima do ar (5,25 graus), foi inferior ao valor normal.

O menor valor da temperatura mínima foi registado no dia 06 de fevereiro em Miranda do Douro (-4,9 graus), no distrito de Bragança, e o maior valor em Zambujeira (Beja) no dia 22 com 26,3 graus.

Quanto aos valores de percentagem de água no solo, o IPMA revela que no final de fevereiro verificou-se uma diminuição dos valores na região Norte e Centro e em particular nos distritos de Bragança e Guarda.

De acordo com o IPMA, nesses distritos e no Alentejo e Algarve os valores de percentagem de água no solo são inferiores a 20%.