Pouco mais de seis minutos de animação valeram à portuguesa, Engenheira do Ambiente e Mestre em animação 3D, a vitória no Festival de Filmes Objetivo de Desenvolvimento Sustentável em Ação, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A curta-metragem “Aquametragem”, que arrecadou o prémio internacional para Portugal na categoria “Proteger o nosso planeta”, partiu de um desafio lançado, ainda em 2018, pela Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia e Ambiente. Um repto que consistiu no desenvolvimento, produção e realização de uma curta de animação para disseminação através de meios digitais e equipamentos culturais.

Entre as propostas apresentadas, Marina Lobo viu o seu projeto aprovado. “Aquametragem” traz-nos Hidro, personagem bafejado pela sorte. Na sinopse que acompanha o file, disponível aqui, lemos que “Em seu redor [de Hidro] a água parece não ter fim. Mas o seu estado de alegria é interrompido por sinais de alerta. Afinal, a água é limitada e escassa”.

Portuguesa vence competição internacional da ONU com animação sobre o desperdício de água

Ao longo da narrativa, o herói desta curta de animação, irá ter de aprender a gerir a água de forma eficiente, aplicando o princípio dos 5 R’s (Reduzir os consumos, reduzir as perdas e desperdícios, reutilizar a água, reciclar a água e recorrer a origens alternativas).

De acordo com Marina Lobo, o filme destina-se a “sensibilizar para um uso eficiente da água, quer para adultos, quer para crianças. Procurei criar uma história que explicasse o problema que enfrentamos com a água, um recurso finito. Podemos adotar comportamentos que valorizem este recurso. Há tantas pessoas sem acesso a água. Temos de a preservar para as gerações futuras”, lemos no vídeo de apresentação ao filme.

A competição das Nações Unidas desafia os realizadores de cinema amadores e profissionais a remeterem à organização filmes que não excedam os 20 minutos.

O lançamento da curta-metragem portuguesa realizou-se no Cinema São Jorge, em Lisboa, em novembro de 2018.