A vida é constituída por ciclos, fases, momentos em que vivenciamos expansão outras em que vivemos insatisfação, perdas e dor, quando procuramos reavaliar o caminho que temos trilhado. Existem épocas em que a nossa vida deixa de ter sentido, em que nos sentimos, aprisionados, tristes, vazios, como se o caminho percorrido até então deixa de ser fonte de prazer e satisfação.

Vários são os planetas, que provocam essas mudanças nomeadamente o Sr. do karma Saturno, e os transcendentais Úrano, Neptuno e Plutão. Principalmente quando fazem aspetos de tensão. Estes senhores planetários são os grandes responsáveis pelas grandes mudanças, crises. Existem ciclos de sete em sete anos em relação a vários planetas daí ser tão comum ouvirmos dizer “a minha vida muda de sete em sete anos”.

Existem ciclos de grande importância Saturno dos 27 aos 30 anos, Plutão entre os 36 e 39 anos, e Úrano e Neptuno entre os 40 e 42 anos. Costumo dizer que aos 30 anos começamos a descobrir o nosso propósito de vida (cabeça do dragão) dos 36 aos 39 temos a morte do nosso velho ego do passado, e aos 42 anos estamos preparados para cumprir o nosso propósito de vida e tornamos-mos seres mais iluminados.

O ciclo de Neptuno é aquele que obriga o ser, a colocar-se em causa, tanto interiormente como exteriormente, não que os outros não o façam obviamente, mas hoje vamos falar de Neptuno.

A área de vida onde temos Neptuno é onde se vai dar a grande crise, onde vamos deixar de controlar a vida, ter uma dissolução de vida, logo uma grande desilusão tudo começa a perder o sentido, o que causa muito medo, pois perdemos as nossas convicções e certezas, até então inabaláveis.

Eu costumo dizer que a dissolução de Neptuno é uma dor de Alma tão profunda que vai obrigar o fazer uma mudança completa na vida.

As dissoluções de Neptuno são nas mais variadas áreas, divórcios, perda de trabalho, familiares, social, é um vazio existencial que só uma transcendência espiritual nos poderá alimentar.

Sendo Neptuno o planeta que está ligado ao sonho, às ilusões à espiritualidade, vamos vivenciar em simultâneo uma crise dos nossos valores, daquilo em que acreditamos, e uma busca da verdade da vida, altura em que começamos a ser seres menos materiais e mais espirituais.

Cristina Candeias