Ator, realizador, músico e político, Clint Eastwood faz hoje 90 anos. Nascido no dia 31 de maio de 1930, em São Francisco, nos EUA, veio ao mundo com 5,2 quilos. Uma das enfermeiras que acompanhou o parto chamou-lhe Sansão, o herói bíblico que dizimou um exército de filisteus usando apenas a mandíbula de um jumento. No entanto, seria como cobói nos famosos filmes de pistoleiros do faroeste que ganharia fama, depois de ter trabalhado como nadador-salvador, como guarda-florestal e até como balconista.

Antes de atingir o estrelato, também transportou papel e carregou tacos de golfe. Durante uma rodagem em Fort Ord, na Califórnia, Chuck Hill, um assistente de produção com contactos em Hollywood, reparou nele e apresentou-o ao realizador da produção. Mais tarde, numa visita a Los Angeles, levou-o ao cineasta Irving Glassberg. Impressionado com o porte de Clint Eastwood, que media 1,93 metros, consegue-lhe uma audição com o influente Arthur Lubin. A sua exibição, contudo, não o convence.

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"Era muito amador. Não sabia para onde ir nem para onde se virar. Não percebia nada daquilo", confessaria o realizador e produtor cinematográfico anos depois. Ainda assim, sugere-lhe aulas de representação e, mais tarde, ajuda-o a conseguir o primeiro contrato, em abril de 1954. Durante um ano, apesar dos muitos castings que faz, não consegue nenhum papel mas, em 1955, a sua sorte começa a mudar quando é escolhido para um personagem menor em "Revenge of the creature". Nos três anos seguintes, continua a representar, mas a fama e a fortuna tardam.

Até que, em 1958, entra em "Rawhide", uma série de televisão passada no faroeste que dura quase oito anos. Nesse período, Clint Eastwood começa a filmar trailers mas os produtores nunca o deixariam realizar um dos eposódios. Em 1963, depois do colega Eric Fleming ter recusado o papel principal em "Por um punhado de dólares", é contratado pelo realizador Sergio Leone. O filme é um êxito e, a partir daí, começa a construir uma carreira que não mais abrandaria. Em 1971, realiza o primeiro dos seus 20 filmes.

Em 1992, com "Imperdoável", consegue 19 nomeações para os principais prémios da indústria. Ganha sete. Em 2003, "Mystic river" é outro êxito global, tal como também sucede com "Million dollar baby - Sonhos vencidos", em 2004. A lista de sucessos inclui ainda "A troca", "Sniper americano" e "As pontes de Madison County". Em 2016, causou polémica depois de assumir o apoio a Donald Trump na corrida à presidência dos EUA. Apesar de ter namorado muitas mulheres, só casou duas vezes. Tem oito filhos.